Anvisa suspende agrotóxico carbendazim, suspeito de provocar câncer
Produto passará por processo de reavaliação toxicológica pela agência reguladora; ele já é proibido na Europa e nos Estados Unidos
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta terça-feira (21/6), a suspensão cautelar da importação, produção, distribuição e comercialização do agrotóxico carbendazim e seus produtos técnicos. O fungicida é proibido na Europa e nos Estados Unidos por suspeita de causar câncer e afetar o desenvolvimento dos fetos.
Com o placar de três a dois, o agrotóxico foi suspenso e deverá seguir assim até a conclusão de seu processo de reavaliação toxicológica pela agência reguladora.
Pela proposta, será aberta uma Consulta Pública para participação social. A consulta deve receber contribuições durante 15 dias, entre 27 de junho e 11 de julho de 2022. A Anvisa também espera receber respostas às diligências enviadas a outros órgãos.
Segundo a diretora-presidente substituta, Meiruze Freitas, informações recebidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reforçam não haver preocupação relevante com a suspensão do produto, pois há outras opções no mercado.
O carbendazim está entre os 20 agrotóxicos mais utilizados no país, muito usado no cultivo de soja, milho, laranja e maçã. O agrotóxico é suspeito de causar câncer e malformações em fetos, mas mesmo assim seguia em uso no Brasil – até então por tempo indeterminado.
Em 2019, a Anvisa iniciou uma reavaliação do fungicida. De acordo com a autarquia, a reavaliação pode levar ao banimento do produto ou à sua manutenção no mercado, com a adoção de medidas para reduzir os riscos decorrentes do seu uso.
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