Anvisa quer 3ª dose da Coronavac a idosos e imunossuprimidos
Recomendação foi aprovada por unanimidade, nesta quarta-feira (18/8). Anvisa também negou uso emergencial da vacina a adolescentes
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta quarta-feira (18/8), recomendar que o Ministério da Saúde aplique uma terceira dose da vacina Coronavac em idosos e pessoas com a imunidade comprometida, para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A recomendação foi aprovada, por unanimidade, durante a 15ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa.
Trata-se de uma recomendação ao Plano Nacional de Imunização (PNI) para que seja considerada a possibilidade da dose extra. A diretora Meiruze Sousa Freitas ressaltou que a decisão é “complexa”.
“Reforço a necessidade de continuar a gerar dados e o monitoramento de vacinados. Também pondero que a variante Delta está circulando no Brasil, e uma dose extra pode ajudar a prevenir casos graves em idosos”, afirmou a relatora, que foi acompanhada pelos outros quatro diretores, incluindo o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a terceira dose será aplicada, inicialmente, em idosos e profissionais da saúde. Ele não deu detalhes, porém, sobre a data de início da aplicação da dose de reforço.
“Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, explicou.
Além da recomendação da dose extra, a Anvisa negou ampliar o uso emergencial da vacina Coronavac para a população entre 3 e 17 anos.
Meiruze alegou que os dados clínicos de segurança do imunizante contra a Covid-19 sobre a população pediátrica foram considerados insuficientes por área técnica do órgão. “Além de não ser conhecida a proteção conferida pela vacina em população pediátrica, a duração da potencial proteção também não é conhecida”, disse ela.