Anvisa recebe entidades médicas para discutir Coronavac em crianças
Reunião ocorre às 16h desta terça-feira e será apenas para discussão. Butantan pediu aplicação em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne, às 16h desta terça-feira (21/12), com representantes de sociedades médicas para discutir a aplicação da vacina Coronavac contra a Covid-19 no público infantil.
Na última quarta-feira (15/12), o Instituto Butantan, fabricante da vacina, solicitou, pela segunda vez, autorização da Anvisa para aplicar o imunizante em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
Atualmente, a vacina tem autorização de uso emergencial para aplicação em adultos a partir dos 18 anos.
De acordo com a Anvisa, a reunião contará com participação de membros da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT); Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI); Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI); e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O encontro desta terça-feira foi convocado pela própria Anvisa, e é apenas técnico. Ou seja, ainda não haverá votação ou decisão final sobre a vacinação de crianças.
O primeiro pedido apresentado em julho foi avaliado pela Anvisa e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento.
O prazo de avaliação da Anvisa para este novo pedido é de até 30 dias. Segundo o governo de São Paulo, que administra o Instituto Butantan, existem 15 milhões de doses prontas para serem fornecidas.
Vacina da Pfizer
Na última sexta-feira (16/12), a Anvisa autorizou a aplicação da vacina Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos. Para garantir a segurança dos pacientes, a vacinação seguirá uma série de protocolos.
De acordo com a Anvisa, a vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Além disso, a dosagem do imunizante será especial, de apenas 3 microgramas. Para adultos, o volume é de 10 microgramas.
O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que, mesmo com a diminuição da dosagem, a proteção contra a Covid segue garantida para as crianças.
A análise do imunizante para o público infantil foi realizada por técnicos da Anvisa e por membros de sociedades médicas.