Anvisa pede mais dados para liberar testes em humanos com a Butanvac
Segundo a agência, faltam, por exemplo, informações que tratam da inativação do vírus utilizado na vacina. Na segunda, técnicos se reuniram
atualizado
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O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, deverá apresentar mais dados aos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para conseguir a liberação dos testes em humanos com a vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, Butanvac — a primeira com 100% de desenvolvimento brasileiro.
Segundo a agência, faltam, por exemplo, dados que tratam da inativação do vírus utilizado na vacina. Na segunda-feira (28/6), técnicos da Anvisa se reuniram com integrantes da equipe que estuda a vacina.
O protocolo de pesquisa clínica da Butanvac está aprovado pela Anvisa, mas para que a vacina comece a ser aplicada em seres humanos, ficou decidido que é necessário apresentar dados específicos, que ainda estão sendo gerados pelo Butantan.
Até a última segunda-feira, o Butantan havia recebido 93,7 mil pré-cadastros de voluntários para os testes clínicos em humanos da Butanvac.
O funcionamento
A Butanvac é a primeira vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil sem que seja necessária a importação de matéria-prima. Os insumos básicos são os mesmos usados para fazer a vacina da gripe.
Na prática, são injetados uma pequena quantidade do vírus da “doença de Newcastle”, um mal aviário que é inofensivo em humanos, em ovos.
Esse vírus foi geneticamente modificado para receber a estrutura do coronavírus e estimular a produção de anticorpos contra a Covid-19 no organismo humano.