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Anvisa investigará pomada capilar que teria queimado olhos de cliente

Segundo mulher, pomada usada para trançar cabelos causou lesão em suas córneas e fez com que ficasse sem enxergar

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Manicure olhos queimados
1 de 1 Manicure olhos queimados - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Rio de Janeiro – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu investigação para verificar a regularização da pomada modeladora de cabelos Ômegafix, após denúncias de ter causado lesão nos olhos de clientes. O artigo é bastante popular e costuma ser usado para trançar fios. 

Segundo a Anvisa, o item se encaixa na definição de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes regulados pela Resolução RDC nº 7, de 2015. Porém, de acordo como o órgão, a Ômegafix não está regularizada.

Ao Metrópoles, a entidade informou que não foi encontrado um processo de legalização na Gerência de Cosméticos da Anvisa. Informou  também que qualquer queixa sobre o item deve ser registrada no site da instituição.

Uma das denúncias foi feita por Josiane Reis de Souza, de 41 anos, que relatou em redes sociais um acidente envolvendo a pomada. Segundo sua a nora, Mirella Reis, a manicure utilizou o produto em 18 de março e, no dia seguinte, após mergulhar em uma piscina, começou “a ver tudo esbranquiçado”. 

Apesar do susto, Josiane não procurou ajuda médica no momento do acidente. No dia 20 de março, Mirella relata que a sogra acordou sem conseguir enxergar. 

A nora contou ainda que profissional que fez o cabelo da sogra sabia que um dia após o procedimento ela iria sair e em nenhum momento foi informada de cuidados e perigos que o produto poderia causar. 

O que diz o fabricante

Em resposta ao Metrópoles, a marca afirmou que todas as informações sobre o uso adequado da pomada se encontram nos rótulos de embalagem. “Lamentamos o ocorrido e com respeito aos nossos clientes e à Anvisa, os nossos produtos que já tinham informações de cuidado serão reforçadas e atualizadas”, informou em nota.

Segundo eles, as pomadas fixadoras são feitas à base de água e, por isso, podem se desfazer. O te ainda explica que o produto possui um número de processo junto à Anvisa para a efetiva regulamentação, e que isso não impede a distribuição do artigo.

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