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Anvisa envia à Saúde dados sobre vacinação infantil contra Covid

Segundo o órgão regulador, os dados foram enviados para seguir o compromisso da autarquia com a transparência

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Fachada do prédio sede da Anvisa
1 de 1 Fachada do prédio sede da Anvisa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou, nesta quarta-feira (22/12), um ofício ao Ministério da Saúde com informações detalhadas sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19 utilizando o imunizante da Pfizer.

Segundo o órgão regulador, os dados foram enviados para seguir o compromisso da autarquia com a transparência e “para contribuir com uma tomada de decisão baseada em dados técnicos e científicos”.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que abrirá uma consulta pública para colher opiniões da sociedade a respeito da imunização de crianças contra o coronavírus. Será possível enviar opiniões de 23 de dezembro a 3 de janeiro.

A vacinação de crianças de 5 a 11 anos com o imunizante da Pfizer foi aprovada pela Anvisa na última quinta-feira (16/12). No entanto, o processo tem sido duramente criticado pelo governo federal, que se opõe à imunização deste público contra a Covid. Apesar da autorização da Anvisa, cabe ao governo federal adquirir as doses e incluir as crianças no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O ofício enviado pela Anvisa ao Ministério da Saúde conta com a íntegra do processo de aprovação da vacina. O documento lista todas as referências científicas utilizadas na análise da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa.

Os pareceres técnicos também foram divulgados publicamente na página da Anvisa na manhã desta quarta-feira.

Veja o ofício na íntegra:

SEI ANVISA1719421Oficio544de22dez2021infosaoMS1 by Rebeca Borges on Scribd

Análise técnica

“As avaliações pela Anvisa de solicitações de autorização de vacinas são realizadas por equipes multidisciplinares de especialistas em regulação e vigilância sanitária devidamente capacitados para esse fim. Estes servidores são de carreira de Estado, concursados com dedicação exclusiva”, explicou a agência, em nota.

Também participaram da análise alguns representantes médicos, como: Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Também foram convidada a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

O Parecer Público de Avaliação de Medicamentos (PPAM) traz os dados de segurança e eficácia apresentados pela farmacêutica. Entre eles, os detalhes dos estudos clínicos conduzidos pela Pfizer nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha.

O PPAM também traz a descrição dos possíveis efeitos colaterais, o público-alvo nesta faixa etária no país e o cenário epidemiológico brasileiro. A agência finaliza com o balanço entre os benefícios e possíveis riscos.

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Anvisa repudiou falas "com veemência"
Diretor presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres
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Vacina contra Covid-19 da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos

Agência Brasil
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Anvisa repudiou falas "com veemência"

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Diretor presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Ameaças

A Anvisa já recebeu mais de 150 e-mails com ameaças aos diretores e servidores do órgão, desde sexta-feira (17/12). Endossados pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), os suspeitos adotaram a prática pela aprovação da aplicação da vacina contra a Covid-19, em crianças de 5 a 11 anos.

Incluindo intimidações como “último aviso”, “[você] pagará nos planos espirituais” e o tradicional apelido de “comunista”, as pessoas comentavam sobre a vacinação de crianças.

A Polícia Federal investiga os casos de ameaça sofridos por servidores e diretores da agência. Após o anúncio da aprovação do imunizante para as crianças, na semana passada, Bolsonaro afirmou que tornaria públicos os nomes dos diretores e técnicos responsáveis pela aprovação da vacinação para a faixa etária.

Depois da fala de Bolsonaro, a agência reagiu aos comentários do presidente e divulgou nota na qual diz “repudiar e repelir com veemência qualquer ameaça explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias” do órgão.

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