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Anvisa diz não ter “cronômetro” para liberar vacinas contra a Covid-19

O presidente do órgão, Antônio Barra Torres, afirmou que a agência necessita da apresentação de documentos para avançar na avaliação

atualizado

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Almirante Barra Torres, presidente da Anvisa chega ao Palácio do Planalto 7
1 de 1 Almirante Barra Torres, presidente da Anvisa chega ao Palácio do Planalto 7 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao abrir a reunião da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o presidente do órgão, almirante Antônio Barra Torres (foto em destaque), afirmou que não há um “cronometro” regulando o trabalho da autarquia na liberação do uso de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

“Sobre a análise das vacinas Covaxin [produzida pela Índia] e da Sputnik V [Rússia], não há neste momento um cronometro disparado sobre a agência. Nossa análise só progride com o aporte de documentos”, salientou.

A fala desta quarta-feira (14/4) ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidir que a Anvisa tem 30 dias para deliberar sobre o pedido de importação da vacina Sputnik V feito pelo governo do Maranhão. O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya da Rússia.

Segundo Barra Torres, a liberação de uso só vai avançar com novas informações sobre as vacinas. “Documentos são acostados aos processos para que possamos definitivamente finalizar as nossas análises e para posicionamentos definitivos”, defendeu.

Ao todo, nove unidades da Federação protocolaram na Anvisa a solicitação de autorização excepcional para importar doses da vacina Sputnik V. Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco e Sergipe querem o direito de comprar a vacina fora do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Atualmente, a farmacêutica responsável pela Sputnik V precisa apresentar 15% dos documentos referentes à eficácia e segurança da vacina, segundo o painel da Anvisa. Outros 63,7% precisam de complementação.

No Brasil, duas vacinas já obtiveram o registro definitivo para aplicação na população: a da Pfizer e a da AstraZeneca/Oxford. A Coronacac, em produção pelo Instituto Butantan, e a Janssen, da empresa do grupo Johnson & Johnson, receberam a autorização para uso emergencial.

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