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Anvisa decide nesta sexta-feira se aprovará as vacinas russa e indiana

A atitude ocorre após ampla pressão para a aprovação das vacinas, em meio ao cenário pandêmico que o país vive

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O diretor da Anvisa diz que devemos fazer tudo ao nosso alcance
1 de 1 O diretor da Anvisa diz que devemos fazer tudo ao nosso alcance - Foto: Michael Melo/ Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta quarta-feira (2/6), que foi marcada uma reunião para esta sexta-feira (4/6) na qual os diretores vão analisar os pedidos de autorização excepcional e temporária para importação e distribuição das vacinas Covaxin e Sputnik V.

A decisão ocorre após ampla pressão sobre a agência para a aprovação das vacinas, em meio ao cenário pandêmico que o país vive.

Um exemplo é que no último dia 24 o Ministério da Saúde protocolou, pela segunda vez, um pedido de importação da vacina indiana Covaxin/BBV152 junto à Anvisa. A pasta quer adquirir 20 milhões de doses do imunizante. Produzida pelo laboratório Bharat Biotech, a vacina já tem autorização para uso emergencial na Índia.

Em março, a Anvisa negou o primeiro pedido de importação feito pelo Ministério da Saúde, alegando que a pasta não apresentou documentos que demonstrassem segurança, eficácia e qualidade do fármaco.

Mesmo com a rejeição, o Ministério da Saúde, a Anvisa e a Precisa Medicamentos, laboratório que produzirá a vacina no Brasil, seguiram com as tratativas para adequar a documentação solicitada pela agência.

A Bharat Biotech também protocolou um novo pedido de certificação de Boas Práticas de Fabricação. De acordo com a Anvisa, a deficiência nessa área foi uma das motivações da primeira decisão da agência.

Sputnik V

A vacina russa também está na pauta da reunião de sexta. No mês passado, o Consórcio do Nordeste entregou o último relatório técnico da Sputnik V à Anvisa.

O grupo entende que o documento “atende a todos os requisitos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Conselho Internacional sobre Harmonização de Requisitos Técnicos em Produtos Farmacêuticos para Uso Humano (ICH, na sigla em inglês) e demonstra os elementos técnicos que atestam a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina”.

O presidente do Consórcio Nordeste e também governador do Piauí, Wellington Dias (PT), diz que agora espera que a Anvisa cumpra a Lei 14.124/21, que autoriza a importação excepcional de imunizantes já aprovados em outros países, e dê seu parecer favorável para o uso da vacina Sputnik V no Brasil.

Em nota, o consórcio diz que foi anexado ao documento o relatório do comitê científico que apoia as ações dos governadores do Nordeste, “dando mais subsídios para análise”.

Aprovação

De acordo com informações do Uol, três dos cinco diretores da agência estão decididos a aprovar os pedidos de autorização e pressionam a área técnica, especialmente a de Medicamentos, por um relatório menos restritivo.

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Almirante Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa

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