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Anvisa, Butantan e médicos discutem aplicação da Coronavac em crianças

Butantan pediu à Anvisa, no dia 15 de dezembro, a autorização do uso emergencial da Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos

atualizado

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Vacinação
1 de 1 Vacinação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Butantan reuniram-se, na manhã desta quinta-feira (13/1), para discutir a aplicação da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos de idade.

A reunião ocorreu às 10h e contou com a participação de uma série de entidades médicas e científicas, além de técnicos da Anvisa e do Butantan, e pesquisadores do Chile (onde a vacina já é aplicada em crianças) e do laboratório Sinovac, fabricante do fármaco.

O objetivo do encontro foi apresentar e analisar dados de pesquisas e estudos feitos pelo governo chileno durante a aplicação da Coronavac no público infanto-juvenil no país.

O Butantan pediu à Anvisa, no dia 15 de dezembro, a autorização do uso emergencial da Coronavac em crianças. Na última terça-feira (11/1), a agência solicitou ao instituto mais dados sobre a efetividade do imunizante nesse público.

O encontro desta quinta também teve participação de representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

O grupo emitirá pareceres técnicos sobre os dados apresentados durante a reunião, e a documentação será enviada à Anvisa. O próximo passo é a continuidade da análise de pedido de uso emergencial da vacina, realizada pela Gerência Geral de Medicamentos.

O relatório será votado em reunião extraordinária da diretoria colegiada da Anvisa, que ainda não tem data prevista para ocorrer.

Covid-19: o que se sabe até agora sobre a vacinação de crianças:

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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Utilização no PNI

O Ministério da Saúde admite que estuda usar outras vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, para ampliar a imunização infantil contra a enfermidade. A medida, contudo, depende do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Atualmente, apenas a vacina da Pfizer tem aprovação do órgão regulador para utilização em crianças de 5 a 11 anos de idade.

Na terça-feira (11/1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, ao chegar à sede da pasta, em Brasília, que “todas as vacinas aprovadas pela Anvisa podem ser avaliadas para o programa de vacinação”.

A declaração ocorre em meio à intenção da pasta de incluir a Coronavac – produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo – para uso em crianças, caso o imunizante obtenha aval da agência reguladora.

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