Anvisa aprova mais dois remédios à base de cannabis
Produtos serão comercializados em farmácias, somente com prescrição médica e receita. País já autorizou sete medicamentos desse tipo
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (4/11), mais dois produtos à base de cannabis. Agora, o país permite o uso de sete medicamentos fabricados com a substância.
De acordo com a agência, os produtos são o Extrato de Cannabis Sativa Promediol e o Extrato de Cannabis Sativa Zion Medpharma 200 mg/ml.
A principal diferença entre os remédios aprovados nesta quinta-feira e os demais consiste na composição. Os novos fármacos possuem extratos vegetais e um conjunto de substâncias da própria planta. Até então, os medicamentos eram fabricados com canabidiol isolado.
Produzidos na Suíça, os dois medicamentos serão importados pelo Brasil e distribuídos como insumos prontos para uso.
Ambos os remédios serão comercializados sob a forma de solução em gotas, em farmácias e drogarias, somente por prescrição médica e apresentação de receita.
“A regulamentação de produtos medicinais de cannabis é um desafio para a Anvisa e para as principais autoridades reguladoras internacionais. Permanecemos vigilantes e aprimorando nossas ações, buscando sempre promover o acesso da população brasileira a produtos adequados ao seu uso”, afirmou, em nota divulgada pela Anvisa, João Paulo Perfeito, gerente do órgão federal.
Histórico
Em dezembro de 2019, a agência reguladora liberou, para uso medicinal, a venda de produtos à base de cannabis em farmácias. A permissão foi concedida temporariamente por um período de três anos e os insumos só podem ser adquiridos mediante prescrição médica.
Atualmente, a Anvisa já aprovou sete fármacos fabricados com canabidiol. A última autorização ocorreu na última sexta-feira (29/10).
Trata-se de uma solução oral à base de canabidiol, elaborada na Colômbia, com concentração de 50 mg/ml e até 0,2% de tetraidrocanabidiol (THC).
Em abril deste ano, foram autorizados outros dois produtos na forma de soluções de uso oral: um na concentração 17,18 mg/ml, e outro na de 34,36 mg/ml. Ambos são fabricados nos Estados Unidos.
As outras permissões foram concedidas em abril de 2020, para fabricação, no Brasil, de um fitofármaco, com concentração de THC de até 0,2%.