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Anvisa aprova compra de oito novos testes rápidos de coronavírus

Exames podem detectar em até 10 segundos a Covid-19. Empresas estimam que podem fabricar até 40 mil kits por semana

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Anvisa alerta sobre medicamentos falsificados
1 de 1 Anvisa alerta sobre medicamentos falsificados - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de oito testes rápidos para o novo coronavírus, causador da Covid-19.

Os novos exames podem apontar a contaminação em até 10 segundos. Essa era uma das medidas propostas pelo Ministério da Saúde, que já admitiu não ter testes para todos os casos suspeitos.

Os produtos estão divididos em dois grupos. Seis testes usam amostras de sangue, soro ou plasma para o diagnóstico. Outros dois retiram material das vias respiratórias.

A autorização para a comercialização foi decidida pela Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para a Saúde da Anvisa. As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (19/03).

As empresas estimam que podem entregar ao governo federal até 40 mil kits por semana.

O teste do tipo PCR, distribuído pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é referência. Ele pega o genoma do vírus, sequencia e, quando confrontado o código genético, indica a presença do vírus.

Compra de testes
As autoridades sanitárias brasileiras pretendem produzir ou adquirir nas próximas semanas um milhão de kits de teste rápido para o coronavírus. Somente com essa compra o governo gastará até R$ 100 milhões.

O Metrópoles apurou com fontes do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, que o Ministério da Saúde tem pagado entre R$ 75 e R$ 100 por kit. Logo, a aquisição desse material pode variar de R$ 75 milhões a R$ 100 milhões.

A preocupação do governo federal é com a estrutura de fabricação. Atualmente, Bio-Manguinhos é responsável pela maior parcela dos testes disponíveis.

Testes só em casos graves
O Ministério da Saúde admitiu que faltam testes para análise de todos os casos suspeitos. Com isso, somente pacientes com quadro grave serão testados. Inicialmente, o Ministério da Saúde distribuiu 10 mil testes para 14 estados e para o Distrito Federal.

Os testes só serão recomendados na rede pública para pessoas com quadro grave. O objetivo é economizar recursos para identificar o coronavírus nas pessoas mais vulneráveis.

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