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Antes de ver o papa, Haddad se reúne com ministro da Economia italiano

Na Itália, ministro Fernando Haddad tem se reunido com ministros de outros países para pedir apoio à proposta de taxação dos super-ricos

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1 de 1 Haddad-Itália - Foto: Diogo Zacarias/MF

Um dia antes de audiência com o papa Francisco, o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, se reuniu, nesta quarta-feira (5/6), com o ministro da Economia e Finanças da Itália, Giancarlo Giorgetti, para defender a proposta de taxação dos super-ricos.

Combater a fome e as mudanças climáticas implica numa cooperação global para além das relações bilaterais entre blocos e países. São apenas três mil super ricos em todo mundo, escreveu Haddad pelas redes sociais após a reunião com a contraparte italiana.

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Bilateral com Giancarlo Giorgietti, Ministro da Economia e Finanças da Itália
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Haddad está na Europa desde o começo da semana para promover as agendas da presidência brasileira no G20 neste ano de 2024. Na terça (4/6), ele se reuniu com o ministro das Finanças da Espanha, Carlos Cuerpo. O país europeu já deu apoio à proposta de tributação dos bilionários encabeçada pelo Brasil.

Esse será um dos temas a serem tratados pelo ministro também com o papa Francisco, em audiência no Vaticano na próxima quinta-feira (6/6). O pontífice é visto como um “defensor vocal da justiça social e da responsabilidade econômica” pela Fazenda, por isso, seu apoio é fundamental para ajudar na difusão mundial da proposta. Será a primeira vez de Haddad como titular da Fazenda de Lula (PT) com o pontífice.

O ministro disse que irá levar à autoridade máxima da Igreja Católica “o abraço do presidente Lula” e deixar o papa a par dos propósitos do Brasil.

Proposta de taxação dos bilionários

Trata-se da criação de um sistema tributário internacional. Os impostos corporativos internacionais teriam alíquota de 20%, e seria constituído um fundo complementado com a taxação da riqueza dos super-ricos.

Essa ideia vem sendo desenhada pelos economistas Gabriel Zucman e a prêmio Nobel de Economia Esther Duflo. O fundo teria US$ 500 bilhões, recursos que seriam canalizados para projetos socioambientais, com o objetivo de combater a pobreza e as mudanças climáticas.

Em abril, nos Estados Unidos, Haddad recebeu apoio do senador norte-americano Bernie Sanders, símbolo da esquerda naquele país. No entanto, o governo americano ainda não se manifestou publicamente sobre a proposta. Entre as lideranças americanas, há resistência à taxação.

Para que seja efetiva, a medida precisa de ampla adesão, em especial dos países mais ricos, para evitar a evasão fiscal e aplicar multas e sanções.

Nesta terça, Haddad frisou que a proposta afeta 3 mil de pessoas, que detêm US$ 15 trilhões em patrimônio, em um universo de 8 bilhões de pessoas. “Estamos falando de algo que vai afetar milhares para favorecer bilhões. Me parece uma proposta decente, nesse ponto de vista social, econômico e político”, completou ele.

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