Antes de prisão, Domingos promoveu almoço para tratar do Caso Marielle
O objetivo, segundo a PF, seria tratar de assuntos relacionado à investigação do Caso Marielle. Encontro ocorreu na véspera de prisão
atualizado
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Segundo a Polícia Federal (PF), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão, que é acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, organizou um almoço na véspera da operação em que foi preso para discutir o caso. A informação consta em relatório da corporação elaborado a partir de análises dos materiais apreendidos na Operação Murder Inc.
De acordo com a análise dos investigadores, o encontro teria a intenção de tratar de assuntos relacionado à investigação. O local escolhido foi um restaurante na Avenida Presidente Roosevelt, São Francisco, Niterói (RJ). Em mensagem enviada à esposa, Domingos Brazão indicou que estavam no local o assessor Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, um advogado e um procurador da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Em março deste ano, a PF prendeu os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, por suspeita de terem mandado matar Marielle Franco.
A PF indicou que o crime foi idealizado pelos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e meticulosamente planejado por Rivaldo Barbosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou que Marielle foi morta por representar um obstáculo para os interesses econômicos dos irmãos Brazão.