metropoles.com

Como no ES, filho de PM ligado a nazismo já atacou escola em Goiânia

Atiradores de Aracruz (ES) e Goiânia (GO) eram filhos de PM, usaram arma da corporação e defendiam nazismo. Caso aconteceu em 2017

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
atentado tiros escola goyases - Metrópoles
1 de 1 atentado tiros escola goyases - Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um caso semelhante ao recente ataque a tiros em Aracruz, no Espírito Santo, ocorreu em Goiânia, capital de Goiás, na manhã de 20 de outubro de 2017.

Assim como no caso de Aracruz, um adolescente promoveu um atentado a tiros em uma escola. Em ambos os casos, o atirador era filho de policial militar e usou a arma da corporação para cometer o crime. Nos dois episódios, o autor tinha simpatia pela ideologia nazista.

11 imagens
Selena, de 12 anos, ao lado da mãe e do pai
Maria da Penha Pereira de Melo Banhos dava aula de artes na instituição de ensino
Cybelle Passos Bezerra Lara era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti
O suspeito entra em escola no Espírito Santo após quebrar um cadeado
Professoras Cybelle Passos Bezerra (à esquerda), Maria da Penha Pereira (centro) e a estudante Selena Sagrillo (à direita), mortas no ataque
1 de 11

Em diversos momentos, ele aponta a arma para várias direções

Reprodução
2 de 11

Selena, de 12 anos, ao lado da mãe e do pai

Arquivo pessoal
3 de 11

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos dava aula de artes na instituição de ensino

Reprodução
4 de 11

Cybelle Passos Bezerra Lara era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti

Reprodução
5 de 11

O suspeito entra em escola no Espírito Santo após quebrar um cadeado

Reprodução
6 de 11

Professoras Cybelle Passos Bezerra (à esquerda), Maria da Penha Pereira (centro) e a estudante Selena Sagrillo (à direita), mortas no ataque

Reprodução
7 de 11

Atirador de Aracruz (ES) percorre corredores atrás de vítimas

Reprodução
8 de 11

Sobrevivente: professor de filosofia Luiz Carlos

Reprodução/Fantástico
9 de 11

Suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas

Reprodução/Folha Vitória
10 de 11

A estudante Selena Sagrillo Zucoloto, que morreu no ataque, era aluna do 6º ano no Centro Educacional Praia de Coqueiral

Reprodução/Instagram
11 de 11

Momento em que atirador sai da escola no ES

Reprodução

Em Aracruz (ES), na última sexta-feira (25/11), um adolescente de 16 anos, filho de um tenente da PM, matou quatro pessoas, sendo três professoras e uma aluna, além de deixar 13 feridos, ao invadir duas escolas armado com uma pistola e um revólver. Cinco pessoas continuam hospitalizadas, sendo três em estado grave.

Já no caso de Goiânia (GO), o adolescente tinha 14 anos. O local dos ataques foi o Colégio Goyases, uma instituição de ensino particular. A mãe e o pai do atirador eram policiais militares. O autor do atentado furtou a pistola da mãe para cometer o crime.

12 imagens
Colégio Goyases: Aluno atirou contra colegas com arma da mãe PM
Familiar chora em enterro de João Pedro, morto a tiros no Colégio Goyases
O agressor teria sido alvo de bullying de colegas
Enterro de vítima de atentado a tiros no Colégio Goyases
Parentes, alunos e vizinhos participaram da vigília
1 de 12

Seis adolescentes foram baleados: dois morreram na hora e quatro precisaram ser levados para hospitais da cidade

Michael Melo/Metrópoles
2 de 12

Colégio Goyases: Aluno atirou contra colegas com arma da mãe PM

Michael Melo/Metrópoles
3 de 12

Familiar chora em enterro de João Pedro, morto a tiros no Colégio Goyases

Michael Melo/Metrópoles
4 de 12

O agressor teria sido alvo de bullying de colegas

Michael Melo/Metrópoles
5 de 12

Enterro de vítima de atentado a tiros no Colégio Goyases

Michael Melo/Metrópoles
6 de 12

Parentes, alunos e vizinhos participaram da vigília

Michael Melo/Metrópoles
7 de 12

A população custava a acreditar no que havia ocorrido

Michael Melo/Metrópoles
8 de 12

Enterro de João Pedro, vítima de atentado a tiros no Colégio Goyases

Michael Melo/Metrópoles
9 de 12

Velas foram acesas em frente ao Colégio Goyases

Michael Melo/Metrópoles
10 de 12

Comoção na capital de Goiás

Michael Melo/Metrópoles
11 de 12

Família organiza manifestação em homenagem a vítimas de ataque a tiros em Colégio

Michael Melo/Metrópoles
12 de 12

Delegacia de Investigação de Homicídios apura atentado em colégio

Michael Melo/Metrópoles

João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos com 13 anos, morreram na hora. Quatro ficaram feridos, sendo que uma das atingidas, a aluna Isadora de Morais, ficou paraplégica.

Ligação com nazismo

No momento do ataque, o atirador do Espírito Santo usava uma suástica nazista costurada em um uniforme militar. Ele tinha simpatia pelo nazismo, o que foi confirmado pelo conteúdo do celular dele, segundo investigação inicial da Polícia Civil.

Em Goiás, o atirador do Colégio Goyases também era simpatizante do nazismo. A polícia encontrou o símbolo nazista no caderno e na parede do quarto do adolescente.

Além disso, histórico de aplicativo de mensagem revelou que o atirador de Goiânia acreditava em teorias conspiratórias a favor do nazismo, como a de que a Alemanha de Hitler não matou judeus e trouxe benefícios para a sociedade.

Arma dos pais

A mãe do atirador de Goiás chegou a ser indiciada em inquérito militar por ter deixado de observar as cautelas necessárias para que adolescentes tivessem acesso à arma de fogo.

No entanto, o Ministério Público e o Comando da Academia da PM entenderam que não existe legislação ou portaria que regulamenta de maneira clara como o policial deve guardar a arma em residência. Ela deixava a pistola e a munição escondidas em diferentes locais, mas o adolescente achou.

Já no Espírito Santo, o PM pai do atirador foi afastado para o serviço administrativo e é investigado. Pesa ainda sobre ele o fato de ter compartilhado nas redes sociais a capa do livro “Minha Luta”, de Hitler.

Bullying

Nos dois casos de atentado a escolas, os atiradores afirmaram que eram vítimas de bullying. O adolescente de Goiás dizia que era chamado de fedorento e que chegaram a levar um desodorante para a aula como forma de chacota.

O autor do atentado no Espírito Santo disse que sofreu bullying em 2019, mas sem entrar em detalhes. Ele abandonou a escola há cerca de seis meses e fazia tratamento psiquiátrico.

O atirador de Aracruz foi preso em flagrante e vai responder por atos infracionais análogos a homicídio e tentativa de homicídio. O atirador de Goiás foi solto em 2020 após cumprir o tempo máximo de internação para menores de 18 anos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?