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Antes da volta à prisão, Silveira foi à igreja “agradecer a liberdade”

Informação foi dada pelo advogado do ex-deputado, por meio das redes sociais. Silveira foi preso novamente por descumprir medidas judiciais

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida do ex deputado Daniel Silveira conversa com apoiadores - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Um dia antes de voltar à prisão, por descumprir medidas judiciais, o ex-deputado federal Daniel Silveira teria ido à igreja “agradecer a liberdade”. Foi o que informou, por meio das redes sociais, o advogado do ex-parlamentar, nessa segunda-feira (23/12).

“Boa tarde. A todos que torceram pela liberdade de Daniel Silveira, saibam que ele está feliz em família. Falei com ele hoje, foi à igreja agradecer a “liberdade”, e vai curtir a família. Muito obrigado por tudo e pelas orações. Falo em nome da esposa, filhas, mãe e irmã”, diz a publicação do advogado Paulo Faria.

O advogado chegou a comemorar a saída do cliente da prisão, o que, porém, durou pouco. O ex-parlamentar fluminense, que foi preso inicialmente em fevereiro de 2023, havia sido beneficiado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (20/12), com liberdade condicional. Mas está de volta à cadeia.

Medidas cautelares

Daniel Silveira foi preso novamente pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (24/12), em Petrópolis (RJ), por ter descumprido medidas judiciais cautelares. Ele deve ser transferido para o presídio Bangu 8.

Segundo fontes da PF, Silveira teria descumprido a ordem do ministro do STF de ficar em casa no período noturno, das 22h às 6h. O descumprimento teria ocorrido após o ex-parlamentar supostamente ir ao hospital no sábado (21/12).

Silveira teria deixado o hospital em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, por volta da 0h30 do domingo (22/12). O ex-deputado, entretanto, só teria chegado na casa onde mora, também na mesma cidade, depois das 2h.

Em sua decisão, Moraes afirma que a defesa de Silveira só informou a ida do ex-deputado ao hospital na segunda-feira (23/12). O ministro ressalta, contudo, que não houve qualquer autorização judicial para o ex-parlamentar ir a uma unidade de saúde.

“Não houve autorização judicial para o comparecimento ao hospital, sem qualquer demonstração de urgência. Não bastasse isso, a liberação do hospital – se é que realmente existiu a estadia – ocorreu as 0:34 horas do dia 22/12, sendo que a violação do horário estendeu-se até as 02h10 horas”, diz Moraes na decisão.

Silveira condenado

Condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por crime de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo, Silveira já havia recebido do STF o direito de progredir para o regime semiaberto, que já era cumprido em uma colônia agrícola.

Após um ano e sete meses detido em regime fechado, o ex-deputado federal tinha sido transferido de um presídio para a Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé, na Baixada Fluminense, também no Rio.

A progressão de regime, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, ocorreu porque o ex-parlamentar cumpriu os requisitos para tanto.

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