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Antes da morte de Henry, Jairinho reclamou da ausência de Monique

Conversas resgatadas do celular de Monique Medeiros, mãe do menino, mostram o diálogo entre o casal. Ambos estão em prisão preventiva

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Henry Borel Medeiros
1 de 1 Henry Borel Medeiros - Foto: Reprodução redes sociais

Mensagens recuperadas do celular de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, mostram reclamações do vereador Dr. Jairinho (sem partido) sobre a ausência da mulher. Nessa ocasião, o parlamentar afirma que a Monique “todo dia tem uma desculpa” para não deitar ao lado dele, motivo pelo qual o vereador dormiria “na cama de baixo” com o enteado. O diálogo ocorreu em 24 de fevereiro, 12 dias após a professora ter conhecimento sobre as agressões do político carioca contra o menino.

As informações, divulgadas pelo portal iG, constam no processo que Monique e Jairinho são réus, por homicídio triplamente qualificado contra Henry Borel Medeiros.

Às 2h57 daquela madrugada, Jairinho escreve: “Minha companhia deve ser mesmo bem desagradável. Pois, até agora, você não veio deitar do meu lado. Coloquei a cama do Henry no chão para você não ter mais desculpa de deitar no outro quarto. Todo dia, uma desculpa. Hoje, você não teve uma. Mas simplesmente não veio”.

E continuou: “Obrigado por me mostrar o quão importante eu sou para você. Pois, depois de um dia inteiro de trabalho, você só chegou à noite e nem ao meu lado quis dormir. Tudo bem. Vou deitar na cama de baixo com Henry. Ele é minha única companhia”.

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Dr. Jairinho e Monique Medeiros
Dr. Jairinho é acusado pela morte do enteado, Henry
Dr. Jairinho é acusado pela morte do enteado, Henry
Dr. Jairinho foi eleito vereador no Rio
Prisão
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Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel Medeiros, ao serem presos no dia 8 de abril

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Prisão

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Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril

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Às 4h08, Monique responde: “Não é desagradável. Você não foi me chamar”.

A conversa aconteceu menos de duas semanas após Monique descobrir, por meio da babá Thayna de Oliveira Ferreira, que Jairinho trancou Henry no quarto e, ao deixar o cômodo, o menino mancava e apresentava hematomas nos braços e nas pernas.

A troca de mensagens foi extraída do aparelho apreendido com a professora, em 26 de março, na casa de seus pais, em Bangu (RJ). O telefone passou por uma perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que encaminhou ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), um laudo detalhado, na ocasião. Treze dias depois, eles foram presos temporariamente.

Por decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, o casal está preso preventivamente. O padrasto e a mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, vão responder por tortura e homicídio qualificado da criança, com emprego de tortura.

Caso Henry

Henry Borel Medeiros faleceu no dia 8 de março. O casal negou envolvimento no crime e alegou acidente doméstico. Laudos periciais, entretanto, revelaram que o menino morreu por agressões que causaram 23 lesões.

De acordo com as investigações, Jairinho dava rasteiras, chutes e pancadas na cabeça do menino. O vereador, Monique e a babá de Henry teriam mentido quando disseram que a relação da família era harmoniosa.

Já na prisão, Monique e Jairinho, que eram defendidos por André Barreto, contrataram novos advogados. A defesa da mãe de Henry pediu novo interrogatório, mas os investigadores não acharam suficientemente relevante para mudar o rumo das apurações do caso.

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