Anna Carolina Jatobá pede benefício à Justiça e pode deixar a prisão
Condenada a 26 anos e 8 meses pela morte da menina Isabella Nardoni, a presidiária já pode ser beneficiada com o regime semiaberto
atualizado
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Presa há nove anos, Anna Carolina Jatobá quer deixar o presídio de Tremembé, em São Paulo, para estudar moda. O pedido foi feito pela defesa dela à Justiça paulista e já passou por análise de psicólogos e psiquiatras. Caso ela seja beneficiada com a medida, ficará na prisão apenas durante a noite.
O programa Fantástico, da TV Globo, teve acesso ao laudo onde Anna Carolina teve avaliação positiva. Segundo a reportagem exibida na edição deste domingo (18/6), a psiquiatra que avaliou a presa considerou que, apesar de ser uma pessoa pouco afetuosa, a ex-madrasta de Isabella está lúcida e amistosa. A direção do presídio teria afirmado que ela reúne os requisitos para ser beneficiada com o semiaberto.Atualmente, Anna Carolina divide cela com outras oito detentas. Recebe a visita dos pais e dos filhos, de 10 e 12 anos, que teve com Alexandre Nardoni, pai de Isabella e também condenado e preso pela morte da menina. A presa toma remédio para ansiedade e falou à equipe de assistência social do presídio que fez muitas coisas erradas, mas que aprendeu, segundo detalhou a reportagem.
Durante o período em que esteve presa, Anna Carolina fez cursos de panificação e eletricidade. Atualmente, trabalha na oficina de costura do presídio. Segundo o Fantástico, ela pediu o benefício do semiaberto para estudar moda. O Ministério Público de São Paulo já teria se manifestado favoravelmente ao pedido. Agora, depende da decisão judicial. Caso consiga, Anna Carolina só dormirá na prisão.
Relembre
A menina Isabella Nardoni foi jogada da janela do sexto andar de um prédio em São Paulo, em março de 2008. A garota chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Ela morava com o pai e a madrasta. À época, os dois afirmaram que uma pessoa teria entrado no apartamento e jogado a menina pela janela.
No entanto, após as investigações, a Polícia Civil constatou que a garota foi espancada e esganada pela madrasta, antes de o pai jogá-la pela janela. No dia do crime, a família foi junta até o mercado. A perícia também constatou que Alexandre Nardoni bateu na menina ainda dentro do carro, quando estavam voltando para casa. Até hoje, os dois alegam inocência.