Anna Carolina Jatobá deve sair da prisão no Dia de Finados
Condenada pelo assassinato da menina de 8 anos, ela conseguiu progredir para o regime semiaberto, por bom comportamento
atualizado
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Autorizada pela Justiça a progredir para o regime semiaberto, a detenta Anna Carolina Jatobá, de 39 anos, deverá ser beneficiada com a saída temporária da prisão apenas no Dia de Finados, em novembro deste ano. De acordo com o promotor Luiz Marcelo Negrini, da Vara de Execuções Criminais da Taubaté, a detenta terá de passar por um período de avaliação de ao menos trinta dias, o que torna impossível ter autorização para a saída do Dia dos Pais, em agosto.
Condenada a 26 anos e oito meses de prisão pelo assassinato de sua enteada, Isabella Nardoni, em março de 2008, Anna Carolina teve concedida na segunda-feira (17/7) pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1.a Vara de Execuções Criminais de Taubaté, a progressão para o regime semiaberto por já ter cumprido nove anos da pena. Além do bom comportamento, a juíza levou em conta laudo criminológico feito por psiquiatra, assistente social e psicólogo atestando que a possibilidade de reincidência no crime é nula. A condenada sempre negou ter matado a enteada.
Se autorizada, ela pode sair todo dia, mas somente o tempo necessário para assistir às aulas, devendo comprovar o bom aproveitamento do curso. Há ainda a possibilidade de Anna Carolina trabalhar fora da prisão, mas é mais provável que a presa fique trabalhando na parte interna do presídio. Outro condenado pelo crime, Alexandre Nardoni, pai de Isabela, ainda não tem direito ao regime semiaberto por ter sido condenado a uma pena maior, de 30 anos, dois meses e 20 dias de prisão. Isso porque o fato de ser ascendente direto da vítima agravou sua pena.
Reação
A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira Francomano, reagiu com indignação à progressão de Anna Jatobá ao regime semiaberto. Em vídeo divulgado nas redes sociais ela considera absurdo o benefício diante da atrocidade cometida pela presa. Ela se disse arrasada com a notícia e que se sente, como mãe, penalizada pelo pouco tempo que a mulher condenada de matar sua filha ficou presa. A reportagem entrou em contato com Ana Carolina e com seu atual marido, Vinícus Francomando, mas não obteve retorno.