Anistia une 30 mil assinaturas para Aras não arquivar relatório da CPI
A Anistia Internacional Brasil e outras 17 entidades da sociedade civil usam a hashtag #NãoEngavetAras no Twitter
atualizado
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A Anistia Internacional Brasil e outras 17 entidades da sociedade civil recolheram 30 mil assinaturas em campanha para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, não arquive o relatório final da CPI da Covid-19 no Senado, que pede, até o momento, o indiciamento de 65 pessoas, além do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com chance de a lista aumentar. O grupo usa a hashtag #NãoEngavetAras no Twitter.
A previsão é que o relatório seja votado nesta terça-feira (26/10). Após a apreciação do relatório feito pela equipe do senador Renan Calheiros (MDB-AL), a comissão pode pedir que o Ministério Público Federal (MPF) abra investigações, inclusive criminais.
Após a aprovação desse documento, a CPI é dada como encerrada. Órgãos investigadores como Ministério Público e Procuradoria-Geral da República (PGR), entre outros, são os responsáveis por dar seguimento e eventualmente responsabilizar os personagens citados no parecer por eventuais crimes.
O prazo para adesão da campanha “Omissão Não é Política Pública”, da Anistia Internacional Brasil, continua aberto.
“Já são mais de 600 mil vidas interrompidas pela gestão desastrosa da pandemia no Brasil. Os depoimentos e investigações conduzidos na CPI confirmam: mortes evitáveis têm culpas atribuíveis. Com a campanha Omissão Não é Política Pública, a sociedade civil exige que todas as pessoas apontadas pelo relatório final da CPI sejam processadas judicialmente e devidamente responsabilizadas. Assim, será possível construir um caminho de reparação para as vítimas e seus familiares”, afirma a Anistia Internacional Brasil por meio de nota.
Integrantes da campanha até o momento
As organizações que participam da campanha ao lado da Anistia Internacional Brasil são: Oxfam Brasil, Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC ), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC ), Criola, Associação Brasileira de Saúde Pública (Abrasco), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Terra de Direitos, COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Observatório das Metrópoles, Olodum, Rede Sul-Americana para as Migrações Ambientais (Resama), Justiça Global, Cedeca, Engajamundo, Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune-MT), e Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD).
As entidades têm usado a hashtag #NãoEngavetaAras no Twitter para pressionar os representantes do poder público.