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Anielle: Brasil discute com Portugal formas de reparar escravidão

Após pedido de desculpas de Portugal por escravidão, governo brasileiro discute ações para reparar o ocorrido

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco
1 de 1 Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Após o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, assumir a responsabilidade pela série de crimes contra indígenas e escravizados na época da colonização do Brasil, o governo brasileiro afirmou que pretende debater formas de reparação que podem ser adotadas pelo governo de Portugal. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou ao g1 como isso deve acontecer.

Anielle Franco disse que a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa, de que Portugal tem que pagar “os custos [pela escravidão]”, precisa “vir seguida de ações concretas como o próprio presidente parece estar ali se comprometendo a fazer”.

“Essa é uma luta importante para o Brasil e também mundialmente falando”, concluiu a ministra.

A declaração do presidente de Portugal ocorre uma semana após movimentos antirracistas cobrarem publicamente do país uma reparação ao Brasil, durante 3º Fórum Permanente para Pessoas Afrodescendentes das Nações Unidas, na Suíça.

Declaração de presidente de Portugal

Pela primeira vez na história, Portugal assumiu a responsabilidade pela série de crimes contra indígenas e escravizados na época da colonização do Brasil. Durante uma conversa com correspondentes estrangeiros, nesta terça-feira (23/4), o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que o país deve pagar pelos danos causados.

Apesar disso, o presidente não especificou de que forma essa reparação será feita.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, reconhecer o passado e assumir a responsabilidade é mais importante do que pedir desculpas: “Pedir desculpas é a parte mais fácil.”

Colonização

Portugal foi o país que mais traficou pessoas africanas na era colonial, totalizando quase 6 milhões de vítimas, praticamente a metade do total de escravizados à época por países europeus.

No país o assunto ainda é pouco comentado. Autoridades não costumam abordar o tema e nas escolas pouco se é estudado sobre o papel de Portugal na escravidão.

 

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