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Anielle aciona Justiça e pede proteção policial após sofrer ameaças

Ministra Anielle Franco tem sido alvo de ataques após usar avião da FAB para acompanhar a final da Copa do Brasil e críticas de ex-assessora

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Hugo Barreto/Metrópoles
Foto colorida mostra Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial
1 de 1 Foto colorida mostra Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, acionou, nesta quinta-feira (28/9), o Ministério da Justiça para que se investigue os ataques que ela vem sofrendo nas redes sociais depois de utilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de uma cerimônia durante a final da Copa do Brasil, em São Paulo.

Anielle Franco informou que tem recebido ameaças à sua integridade física e ataques de ódio por meio das redes sociais e via e-mail institucional desde o início da semana. Segundo a ministra, os textos envolvem xingamentos, práticas de racismo e até ameaças a sua vida.

Como medida de proteção pessoal, titular da pasta da Igualdade Racial também vai requerer proteção e escolta enquanto durarem os ataques.

“É muito doloroso receber ameaças de morte e violência por ser uma mulher na política e perceber que desde a minha irmã, nada mudou. Essa investigação é importante para que possamos seguir com o nosso trabalho e a construção das políticas públicas para o povo brasileiro. É para isso que eu trabalho todos os dias”, disse Anielle.

Avião da FAB

A ministra Anielle utilizou um avião da FAB para participar de um evento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante a final da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo, no Estádio do Morumbi, nesse domingo (24/9).

Anielle assinou um protocolo de intenções com a CBF para o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial no futebol.

A ministra argumentou que a viagem no avião da FAB era para fins profissionais, ligados ao Ministério da Igualdade Racial.

Também estiveram presentes no evento os ministros do Esporte, André Fufuca (Progressistas-MA), e dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, além do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Assessora de Anielle Franco

O Ministério da Igualdade Racial também está no centro de ataque de opositores depois que Marcelle Decothé da Silva, ex-chefe da assessoria especial da pasta, criticou a “torcida branca” do São Paulo Futebol Clube, durante a final da Copa do Brasil.

Marcelle Decothé viajou para a capital paulista ao lado da ministra Anielle Franco. Em seu Instagram, ela chamou os são-paulinos de “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade (sic)”.

Depois da repercussão negativa, Anielle Franco decidiu exonerar Marcelle Decothé. A pasta afirmou que a publicação dela “está em evidente desacordo com as políticas e os objetivos do MIR [Ministério da Igualdade Racial]”.

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