“Angústia não saber o que houve”, diz parente de família desaparecida em Rio das Pedras
Sumiço dos cinco integrantes da família Torres, na manhã de domingo, foi registrado na Delegacia de Descoberta de Paradeiros do RJ
atualizado
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Rio de Janeiro – Parentes dos cinco integrantes de uma família moradora do Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, fazem um apelo por informações que levem ao paradeiro de Israel Pereira Torres, de 35 anos, Adriana Araújo Torres, 36, David Araujo Torres, de 5 anos, Kalel Araújo Torres, de 3 anos, e Lavínia Araújo Torres, de um ano e meio, desaparecidos desde a manhã de domingo.
Os cinco foram vistos pela última vez por uma vizinha e deixaram intrigados familiares e vizinhos do Areal, localidade da comunidade onde moram.
“Pedimos à quem tiver alguma informação, que nos procure ou procure a polícia. É uma angústia não saber o que houve, porque sumiram assim, sem deixar qualquer notícia ou aviso sobre o motivo. Seguimos confiantes”, diz a irmã de Israel, Jeane Torres. O desaparecimento da família foi noticiado com exclusividade pelo Metrópoles.
“A gente estava esperando eles para o almoço do dia dos pais, mas eles não apareceram. Fomos na casa, há roupas no varal, todos os itens estão na casa. Não atendem celulares, não achamos nos hospitais da região e não há registro na polícia com nenhum acidente que poderia ter acontecido com eles”, afirmou Antônio Torres, também irmão de Israel, enquanto registrava o sumiço na Delegacia de Descoberta de Paradeiros.
Jeane Torres disse que a família percebeu que havia algo errado quando o administrador do condomínio onde Israel trabalha como porteiro entrou em contato informando que ele não apareceu no trabalho e nem comunicou a ausência. “O patrão dele ligou preocupado e ficamos tensos juntos. O mais estranho é que sumiram todos, ele, minha cunhada e meus sobrinhos. Estamos muito aflitos”, conta.
Evangélicos, moradores do Rio das Pedras há décadas, Israel, Adriana e as três crianças tinham um dia-a-dia reservado, frequentavam uma praça no Anil, também em Jacarepaguá, onde as crianças brincavam, e a Igreja Assembleia de Deus Boas Novas de Paz. No entanto, desde o início da pandemia, eles ficaram ainda mais isolados. “Estavam cumprindo quarentena, ficaram em casa o tempo todo. Não temos ideia do que pode ter acontecido”, disse Jeane.