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Anestesista preso por estuprar pacientes exibia armas e viagens na web

Anestesista Andres Eduardo Oñate Carrillo publicava fotos de sua rotina de trabalho, viagens e posava ao lado de armas. Veja registros

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Médico anestesista Andres Eduardo
1 de 1 Médico anestesista Andres Eduardo - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, preso por estuprar pacientes sedadas durante cirurgias e gravar os atos, compartilhava fotos de sua rotina de trabalho, viagens e posava com armas nas redes sociais. A prisão ocorreu na manhã desta segunda-feira (16/1), no Rio de Janeiro.

Nos registros, o médico aparece em um centro cirúrgico, abraçado e sorrindo ao lado de colegas de trabalho. Em setembro, ele publicou um vídeo em que mostra o pedido de casamento à noiva, em frente à Torre Eiffel, em Paris.

Andres também  publicou fotos segurando uma arma. Em um dos registros, acompanhava uma legenda com emojis de arma e de coração. Além disso, o médico costumava exibir imagens de sua cachorra, um animal da raça pug.

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Sindicância

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar a conduta do anestesista. Além dos estupros de pelo menos duas vítimas, Andres também é investigado por armazenar material pornográfico infantojuvenil. O Cremerj ainda investiga se o médico atuava sem registro na época dos fatos.

“Como medida preventiva, após a citação de Andres na prisão, o Cremerj já agiliza os trâmites para solicitar imediatamente a interdição cautelar dele, a fim de evitar novos riscos à sociedade”, diz a nota publicada. Ao final da investigação, o médico pode ter o registro cassado.

“O Conselho reitera que considera as acusações gravíssimas e que o caso será apurado com todo rigor e celeridade”, pontua.

Investigação

As investigações apontam que o médico mantinha mais de 20 mil arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes em seus computadores. De acordo com a polícia, entre as imagens havia registros que incluíam bebês com menos de 1 ano.

Além de armazenar conteúdo com imagens de crianças, o anestesista filmava e colecionava imagens de estupros contra pacientes anestesiadas em procedimentos cirúrgicos em hospitais públicos e particulares do Rio de Janeiro. O caso é investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).

“A partir de agora, a polícia espera avançar nas investigações, levantando todas as unidades nas quais o médico trabalha, e encontrar novas possíveis vítimas. A captura ocorreu após ações de inteligência e monitoramento pela equipe da DCAV. Todos os materiais apreendidos com o suspeito serão analisados”, informou a PCRJ.

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