Anestesista flagrado estuprando grávida em hospital do Rio vira réu
Giovanni Quintella Bezerra é investigado por, pelo menos, 50 possíveis casos. Ele está preso desde a última segunda-feira (11/7)
atualizado
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Rio de Janeiro – A Justiça do Rio aceitou, na noite dessa sexta-feira (15/7), a denúncia do Ministério Público contra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra (foto em destaque), 31 anos. O médico virou réu por estupro de vulnerável, após ser flagrado abusando sexualmente de uma grávida dentro do centro cirúrgico.
Giovanni foi preso em flagrante no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na madrugada da última segunda-feira (11/7). O caso chocou o país. O médico foi flagrado por câmeras colocando o pênis na boca da gestante em trabalho de parto, após dopá-la.
Ele teve a prisão convertida em preventiva na terça-feira (12/7).
A denúncia do MP foi apresentada na tarde de sexta-feira e aponta “violação do dever inerente à profissão de médico”.
“Giovanni Quintella Bezerra, agindo de forma livre e consciente, com vontade de satisfazer a sua lascívia, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, parturiente impossibilitada de oferecer resistência em razão da sedação anestésica ministrada“, diz um trecho do documento.
Seis possíveis vítimas depuseram
Até o momento, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti já ouviu seis possíveis vítimas do médico. Ao todo, 23 testemunhas já prestaram depoimento.
Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil do Rio: um deles, que será concluído até a próxima terça-feira (19/7), investiga o vídeo do estupro, feito por técnicas de enfermagem durante a cirurgia; já o outro apura todas as possíveis vítimas de Giovanni em outros procedimentos.
A Deam já conta com uma listagem com 44 nomes de mulheres que foram atendidas pelo anestesista no Hospital da Mãe, em Mesquita, também na Baixada Fluminense. Os prontuários do Hospital da Mulher, unidade em que foi preso, ainda são aguardados. Há suspeita de que o médico possa ter abusado de 30 vítimas.