Andrea Neves sai da penitenciária em MG para cumprir prisão domiciliar
A irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG) está usando uma tornozeleira eletrônica
atualizado
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Usando uma tornozeleira eletrônica, Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), deixou na madrugada desta quinta-feira (22/6) o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, e seguiu para prisão domiciliar.
Na terça (20), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu converter a prisão preventiva de Andrea Neves e Frederico Pacheco, primo do senador, em prisão domiciliar, com monitoramento de tornozeleira.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que Andrea teria intermediado um pedido de R$ 2 milhões ao empresário e dono da JBS, Joesley Batista, em favor de Aécio Neves. O dinheiro seria, supostamente, para arcar com honorários advocatícios da defesa do senador na Operação Lava Jato.
Em delação premiada, Joesley apresentou ao procuradores gravação de uma conversa mantida entre ele e Aécio, na qual combinam como seria feita a entrega do dinheiro. De acordo com a Polícia Federal, parte da quantia teria sido entregue por um executivo da JBS ao primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros.
No começo deste mês, a PGR apresentou denúncia contra Andrea, Aécio, Frederico e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrella (PSDB-MG), que teria recebido recursos ilícitos de Frederico. O grupo foi acusado do crime de corrupção passiva. Aécio Neves também foi denunciado por obstrução da Justiça. O fato de Andrea ter sido acusada pelo órgão da prática de um único crime foi levantado pela defesa da jornalista para pedir sua liberdade.