Saúde de Anápolis (GO) discute projeto sobre combate a sífilis
Workshop, que começou nessa segunda-feira (16/10), visa a qualificação profissional em manejo clínico-epidemiológico da sífilis
atualizado
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Goiânia – Trabalhadores da saúde da rede pública e privada de Anápolis, município a cerca de 55 km da capital goiana, participaram de um workshop para qualificação profissional em manejo clínico-epidemiológico da sífilis. A ação, dividida em três oficinas, está sendo realizada durante essa semana pela Diretoria de Vigilância em Saúde, em parceria com a Escola Municipal de Saúde de Anápolis e toda a Rede de Atenção à Saúde.
O evento faz parte do projeto nacional de combate a essa doença chamado “Sífilis Não”.
O curso teve início nessa segunda-feira (16/10) e ocorreu na UniEvangélica. A secretária Municipal de Saúde, Elinner Rosa, fez questão de participar desse momento.
“É de extrema importância falarmos sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), o que inclui a Sífilis, como proposta de combate aos números alarmantes da doença. Quanto maior a mobilização, maior esclarecimento sobre os cuidados necessários e adesão ao tratamento”.
Segundo Júlia Oliveira, responsável pela Escola Municipal de Saúde, “esta configura-se, mais uma promissora estratégia da Escola Municipal de Saúde de Anápolis, com a Diretoria de Vigilância em Saúde em parceria com toda a Rede de Atenção à Saúde, nos processos de transformação das práticas de gestão”.
“Sífilis não”
Sobre o projeto “Sífilis Não”, a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Mirlene Garcia, destaca que o fortalecimento da rede para redução das taxas de sífilis congênita, em gestante e a adquirida, foi primordial para sua implantação. “Na atual etapa estamos envolvidos na qualificação dos profissionais da rede básica, especializada e unidades hospitalares no diagnóstico e manejo dos casos”.
“Foram notificados mais de 800 de casos no município no ano de 2022, ressaltando que esse número pode ser expressivamente maior, sendo 69% homens, e 221 casos de sífilis em gestantes, com 75 casos de sífilis congênita no ano de 2022. Em outubro de 2023, os índices já superam o ano 2022”, disse Mirlene Garcia.
A sífilis é uma IST curável e exclusiva do ser humano, que embora tenha seu diagnóstico e tratamento descobertos há décadas, se mantém como problema mundial afetando pessoas sexualmente ativas de todas as classes sociais. Quando não tratada pode evoluir para formas graves e cuidados especiais devem ser direcionados às mulheres em idade reprodutiva.
Grávidas infectadas, sem diagnóstico e tratamento oportuno podem transmitir a infecção ao feto, podendo causar aborto, óbito fetal e morte neonatal ou o nascimento de crianças com sífilis congênita. O Brasil, assim como outros países, enfrenta uma reemergência da doença com alarmante aumento de incidência e os profissionais de saúde devem estar preparados para o diagnóstico e controle da doença.
Com informações da Prefeitura de Anápolis