Anac: preço das passagens aéreas tem alta de 29,5% em um mês
Um dos setores mais afetados pela pandemia, a aviação comercial recupera aos poucos o movimento que tinha antes da emergência sanitária
atualizado
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As passagens aéreas estão cada vez mais pesadas no bolso dos consumidores. A retomada do setor da aviação, um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19, ocorre devagar rumo aos níveis antes da emergência sanitária, mas o valor cobrado ao consumir segue em ritmo acelerado.
Em um mês, os preços das passagens aumentaram 29,5%. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e foram revelados pelo jornal O Globo.
Se comparado a março de 2021, o salto nos preços foi ainda maior: 68,6%. Entre os fatores que podem influenciar a alta, está o aumento do querosene de aviação (QAV) e o conflito entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassou 100 dias de duração.
A Petrobras anunciou, na última quarta-feira (1º/6), mais um reajuste do QAV nas refinarias. O aumento pode chegar a até 11% em comparação à cotação do mês de maio.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o preço do litro do QAV acumula alta de 64,3% só no primeiro semestre deste ano.
“Esses dados comprovam a pressão diária que as empresas enfrentam com a alta dos custos estruturais, especialmente o preço do QAV, que tem sido impactado pela alta da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, por causa da guerra na Ucrânia. A valorização do dólar em relação ao real também é um desafio cotidiano, já que metade dos custos do setor é dolarizada”, destaca o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
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