Anac diz que aeronave de Boechat não poderia transportar passageiros
Helicóptero tinha permissão apenas para aeroreportagem e aerofilmagem e, por isso, um processo administrativo foi aberto
atualizado
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Responsável pelo helicóptero que caiu ao transportar o jornalista Ricardo Boechat, a RQ Serviços Aéreos Especializados LTDA não tinha autorização para carregar passageiros, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A empresa estava certificada apenas para “prestar Serviços Aéreos Especializados (SAE)”, que incluem aerofotografia, aeroreportagem e aerofilmagem. A revelação é do jornal Folha de S. Paulo.
“Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a Anac abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado durante o acidente”, destacou a agência reguladora.
Embora a Anac suspeite da irregularidade da operação, a aeronave fabricada no 1975, na fabricante Bell Helicopter, estava com a situação regularizada no órgão. O certificado do helicóptero prefixo PT-HTG tinha validade até o ano de 2023.
Confira o documento:
Acidente
O jornalista Ricardo Boechat morreu aos 66 anos em um acidente de helicóptero na tarde desta segunda-feira (11/2). A aeronave fez um pouso de emergência e foi atingida por um caminhão no Rodoanel, na região norte da cidade de São Paulo. Além do âncora, o piloto Ronaldo Quattrucci, que comandava o voo, também faleceu.
A revelação de que o jornalista tinha morrido foi feita ao vivo na Rádio Band. A repórter Sheila Magalhães ficou responsável por dar a tragédia. “Boechat apresentou o noticiário da Band News logo pela manhã, esteve em Campinas para um evento de um laboratório farmacêutico, foi a bordo de um helicóptero, acompanhado de um piloto”, descreveu. “Ele pegou o helicóptero por volta das 11h50 da manhã e pousaria no Grupo Bandeirantes por volta de 12h15, o que não aconteceu”, disse.