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SP: ANA diz não haver risco atual de desabastecimento no Cantareira

Segundo análise feita por técnicos da Agência Nacional de Águas, Cantareira e outros sistemas seguem sem risco mesmo com falta de chuvas

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Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Sistema Cantareira, em SP
1 de 1 Sistema Cantareira, em SP - Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

São Paulo – A Agência Nacional de Águas (ANA) afirmou que não há risco de desabastecimento no sistema Cantareira atualmente. O reservatório é o mais importante na distribuição de água nas cidades da Grande São Paulo.

Em reunião da Diretoria Colegiada da agência realizada nesta segunda-feira (13/9), foram apresentadas ações e dados sobre a atual situação hídrica do país.

Análise feita por técnicos da ANA mostram que, ao se considerar a dimensão hidroenergética, a estiagem tem sido vista pelo setor elétrico como a pior em 91 anos dos seus registros, mas do ponto de vista hidrológico, a situação não é tão ruim assim.

Segundo a ANA, atualmente, mesmo em condições climáticas desfavoráveis, os sistemas hídricos não estão em crise hídrica.

De acordo com o superintendente de regulação e especialista em recursos hídricos e saneamento básico, Patrick Thadeu Thomas, os sistemas Paraíba do Sul (que abastece o Rio de Janeiro e parte de São Paulo) e o Cantareira “seguem operando dentro das regras, sem risco atual de desabastecimento, mesmo registrando afluências próximas às mínimas desde abril de 2021”.

“Mesmo com a seca nos meses de abril, maio e junho, nós não estamos tendo uma crise hídrica e não estamos tendo risco de desabastecimento nas cidades que dependem deste sistema”, disse sobre o Cantareira.

Nesta segunda, o Cantareira opera com 34,4% de sua capacidade. O número é preocupante porque, em 13 de setembro de 2013, poucos meses antes da crise hídrica de 2014, o sistema operava com 44,4%. Mesmo assim, a Sabesp descarta risco de desabastecimento porque a região metropolitana de São Paulo está menos dependente do Cantareira.

Dos sete reservatórios que abastecem a Grande São Paulo, quatro estão operando com menos de 50% da capacidade.

Segundo a agência, estão em estado crítico apenas um reservatório da Bacia do Paraguai (sistema Manso) e um reservatório da Bacia do São Francisco (o sistema Xingó), na 3ª e 5ª pior situação da história, respectivamente.

De acordo com a ANA, no sistema hídrico do São Francisco a situação também está controlada, tanto do ponto de vista hidrológico quanto elétrico, pois a acumulação de água “é próxima de 50% da capacidade útil dos principais reservatórios e está sendo utilizado para suprir as demandas de energia elétrica de outros sistemas mais críticos”.

A situação mais crítica atualmente é na região Sul, segundo a ANA, em especial no Paraná, que apresenta uma seca extrema. “De agosto de 2020 a agosto de 2021, nos reservatórios da Bacia do Paraná, nove em 12 estão com as afluências caracterizadas como as piores no histórico”, disse o superintendente.

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