Amorim vai à Venezuela e diz que Maduro quer pagar dívida com Brasil
Enviado especial do presidente Lula, Celso Amorim se encontrou com Nicolás Maduro na última quarta-feira (8/3), na Venezuela
atualizado
Compartilhar notícia
O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se encontrou com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e se mostrou satisfeito com os resultados da conversa. A reunião com o líder venezuelano se manteve discreta no Brasil e foi anunciada apenas pelo mandatário do país vizinho nas redes sociais.
Segundo informações de O Globo, Celso Amorim disse que tratou com Maduro de assuntos como a democracia, as relações bilaterais e outros temas pendentes, como a dívida de US$ 1 bilhão que a Venezuela acumula com o Brasil. “Um pouco mais do que ‘devo, não nego, pagarei quando puder’. Foi um devo e quero pagar”, contou o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o pagamento do montante.
Com o relacionamento entre Brasil e Venezuela estremecido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o assessor especial relatou à reportagem que conversou com o mandatário venezuelano sobre a importância da relação entre os dois países.
“Os primeiros 40 minutos, ou uma boa parte, fiquei sozinho com Maduro e destaquei a importância que damos ao relacionamento com a Venezuela, a normalização, a volta da cooperação e também a importância que damos ao processo democrático que está se desenhando lá”, destacou Amorim.
Celso Amorim também falou sobre o encontrou com a oposição do país que participa do grupo mediado pela Noruega, com sede no México, sobre regimes ditatoriais e assegurar a democracia no mundo. O assessor especial contou que colocou na reunião com Maduro sobre a questão em torno das eleições presidenciais venezuelanas em 2024.
“Coloquei, não de maneira que parecesse que eu estava colocando em dúvida que isso ocorra. Ele [Maduro] sabia que eu encontraria a oposição, não foi uma coisa escondida. Isso estava o tempo todo implícito, e usei claramente a palavra democracia”, afirmou o assessor.
O presidente Lula expressou em algumas ocasiões o interesse em retomar a relação com o país vizinho, grande produtor de petróleo, e o ditador Nicolás Maduro.