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Ameaças à família de Moraes citavam “comunismo” e “antipatriotismo”

A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão, nesta sexta-feira (31/5), contra acusados de ameçar a família de Alexandre de Moraes

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Gustavo Moreno/SCO/STF
O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou relatórios extraoficiais contra ex-Jovem Pan quando presidiu o TSE, diz a Folha de S. Paulo.
1 de 1 O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou relatórios extraoficiais contra ex-Jovem Pan quando presidiu o TSE, diz a Folha de S. Paulo. - Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), os e-mails dos investigados por ameaçar a família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citavam “comunismo” e “antipatriotismo”.

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta sexta-feira (31/5), mandados contra dois acusados de ameaçar familiares de Moraes. Foram realizadas duas prisões, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo, e cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas mesmas cidades.

O PGR, Paulo Gonet Branco, afirmou que a conduta “evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8 de janeiro”.

Gonet destacou haver provas suficientes da existência do crime e indícios razoáveis de autoria, já abordados, que vinculam Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior aos fatos.

“A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, frisou em manifestação.

Irmãos presos

Como mostrou a coluna Na Mira, do Metrópoles, os suspeitos mandaram e-mails para os parentes do ministro por cerca de uma semana, detalhando a rotina deles.

Um deles é o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, 42 anos. O irmão dele, Oliverino de Oliveira Júnior, foi preso pela mesma situação em São Paulo (SP). Os mandados de prisão foram solicitados pela PGR.

Raul, que é segundo-sargento da Marinha da ativa, estava em casa, na região da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro (RJ), quando foi detido por uma equipe da PF. Integrantes da Marinha do Brasil também acompanharam os cumprimentos dos mandados.

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