Amazônia pode estar chegando a ponto irreversível, diz pesquisa
Segundo pesquisa, áreas afetadas por secas ou incêndios levaram muito mais tempo para se recuperar do que antes
atualizado
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Imagens de satélite afirmam que o desmatamento da Amazônia está se aproximando de um ponto irreversível. Análises estatísticas mostram que mais de 75% da floresta que ainda estava intocada, perdeu a estabilidade desde o início dos anos 2000. Isto significa que leva, para se recuperar após secas e incêndios, a floresta precisará de mais tempo.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Climate Change, e examinou dados de satélite de parte da Amazônia ainda intocada de 1991 a 2016.
Segundo informações do jornal The Guardian, o prejuízo está localizado em áreas mais próximas a fazendas, estradas e áreas urbanas.
Nos últimos 20 anos, as áreas afetadas por secas ou incêndios levaram muito mais tempo para se recuperar do que antes. Segundo o estudo, este é um sinal de instabilidade crescente, pois mostra que os processos de restauração estão ficando mais fracos.
Os pontos de inflexão estão entre os maiores medos dos cientistas climáticos, pois seria impossível de reverte-las em escalas de tempo humanas. Em 2021, a mesma técnica estatística revelou sinais de alerta do colapso da Corrente do Golfo e de outras correntes importantes do Atlântico, com “uma perda quase total de estabilidade no último século”.
Para cientistas, “esses fatores podem já ter empurrado a Amazônia para perto de um limiar crítico de extinção da floresta tropical”. Para eles, extinção da Amazônia significará “implicações profundas em escala global”.