Amazônia: alertas de desmatamento têm queda de 66% em agosto
Foram destruídos 563 km² de floresta no bioma. Os números foram apresentados em meio às comemorações do Dia da Amazônia
atualizado
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Os alertas de desmatamento na Amazônia registraram uma queda de 66% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta terça-feira (5/9) em meio às comemorações do Dia da Amazônia.
Foram destruídos 563 km² de floresta amazônica em agosto deste ano. O número representa uma queda significativa se comparado com os 1.661 km² de área devastada no mesmo período de 2022, quando foi registrada a segunda maior taxa de desmatamento para o mês no bioma.
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Os alertas de desmatamento são realizados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), ligado ao Inpe.
No acumulado do ano, os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma redução de 48%, em comparação com os dados registrados entre janeiro e agosto do ano passado.
Segundo o Inpe, foram desmatados 3.712 km² entre janeiro e agosto de 2023. No mesmo período do ano passado o Deter detectou 7.135 km² de floresta destruída.
A Amazônia ocupa nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Para tentar reduzir o desmatamento na região, o governo federal lançou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
Desmatamento zero
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou, em evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça, que a meta do governo federal é zerar o desmatamento no bioma até 2030.
“Precisamos com urgência chegar a uma decisão política que tenha efeito civilizatórios. Foi com esse sentido que o governo do presidente Lula traçou uma meta, até 2030, ou seja, daqui a seis anos teremos um índice zero de desmatamento”, disse a ministra.
Também participaram da comemoração ao Dia da Amazônia a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho; o ministro da Justiça, Flávio Dino; e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Joenia Wapichana.