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Amapá: após 5 dias sem luz, moradores protestam e recebem energia por 6h

Bairro de Santa Inês, Zona Central do estado do Amapá, não estava no rodízio de fornecimento de energia implementado pelo governo estadual

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
apagão no Amapá
1 de 1 apagão no Amapá - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Enviados especiais a Macapá (AP) – Um direito previsto em lei. De acordo com a Constituição, são considerados serviços ou atividades essenciais tratamento e abastecimento de água, além da produção e distribuição de energia elétrica.

Mas desde a última terça-feira (3/11), o estado do Amapá vive uma crise de abastecimento de água e energia elétrica, depois de um incêndio atingir uma subestação localizada na Zona Norte da capital, Macapá.

Após cinco dias e com cerca de 89% da população – de 765 mil pessoas – atingida, moradores do bairro de Santa Inês, na Zona Central do estado, fizeram uma manifestação pacífica no início da noite deste sábado (7/11) para terem acesso a direitos básicos.

Após o governo estadual anunciar que as cidades iriam adotar um esquema de rodízio para terem acesso à energia durante seis horas por dia, os populares da região ficaram na expectativa, mas a luz não chegou. 

Foi quando cerca de 50 moradores se reuniram em uma das avenidas do bairro para cobrar uma resposta – que veio cerca de uma hora depois. Por volta das 19h deste sábado, a energia foi restabelecida na região. Pelo menos por seis horas, a população terá uma noite iluminada depois de 120 na escuridão.

“O governo do estado anunciou que a energia seria de seis em seis horas em cada bairro e teria rodízio. [Mas] Nós descobrimos que, no bairro de Santa Inês, todas as chaves dos postes estavam desativadas. Isso quer dizer que, por mais que a energia fosse mandada para o bairro, a gente não teria energia”, explica Silvano Santos (foto em destaque), morador do bairro, em tom de desabafo.

Assim como Silvano, a costureira Lurdes da Silva, de 63 anos, relata que a região “não tem paz” e “vive preocupada com o dia de amanhã”. 

“Estamos há cinco dias sem energia, sem água, não dormimos. Passamos o dia atrás de respostas e as noites, sofrendo, sem dormir, preocupados em como será o próximo dia. O mais frustrante é que isso tudo é um direito do povo e nós não temos acesso ao que é básico, né?”, lamentou a moradora.

Veja vídeo e fotos do protesto e da situação em Macapá:

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Silvano Santos em protesto da comunidade
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Moradores do bairro Macapaba, no Amapá, sofrem com a falta de luz e água

Hugo Barreto/ Metrópoles
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Silvano Santos em protesto da comunidade

Hugo Barreto/ Metrópoles

O Metrópoles tenta contato com o governo do estado do Amapá.

No total, 13 dos 16 municípios do estado foram atingidos pelo apagão. Cerca de 89% da população não têm eletricidade. No atual cenário, o governo estadual decretou situação de calamidade na quinta-feira (5/11).

O que o governo estadual está fazendo

Neste sábado, o governo do estado informou que o fornecimento de energia elétrica começou a ser parcialmente restabelecido em parte dos bairros de Macapá e que haveria um rodízio entre as cidades em turnos de seis horas no fornecimento de eletricidade.

Informou ainda que o cronograma de racionamento para os próximos dias seria divulgado ainda esta noite, mas até a última atualização desta reportagem, o calendário não havia sido disponibilizado à população.

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