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Alvo de operação da PF, Vasco é substituído no comando do Banestes

Recém-nomeado para o Banco do Estado do Espírito Santo, ele é investigado por integrar suposto esquema de propina a ex-gestores do BRB

atualizado

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IGO ESTRELA/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES
Vasco
1 de 1 Vasco - Foto: IGO ESTRELA/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

O Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) substituiu o seu recém-nomeado presidente, Vasco Cunha Gonçalves. O gestor foi alvo da Operação Circus Maximus, a qual investiga suposto esquema de pagamento de propina a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB) em troca de investimentos. Vasco comandou o BRB antes de assumir o banco capixaba.

O conselho administrativo do Banestes escolheu nesta terça-feira (29/1) o atual diretor de Tecnologia, Silvio Grillo, como interino, segundo a assessoria do governador do ES, Renato Casagrande (PSB). O auditor deve ficar no cargo até que um novo presidente seja indicado e nomeado.

Em nota, o Governo do ES disse que a operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) estava em segredo de Justiça e, por isso, foi “surpreendido pelos fatos”. Pontuou, ainda, que o nome de Vasco foi aprovado pelo Banco Central, “que promove rigorosa análise dos currículos de indicados para bancos públicos”.

Ao mercado, o Banestes destacou que os fatos investigados “são referentes exclusivamente ao BRB”.

A PF deflagrou nesta terça (29/1) operação que investiga suposto esquema de pagamento de propina de R$ 16,5 milhões a diretores e ex-diretores do (BRB), em troca de investimentos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atualmente conhecido como LSH Lifestyle.

Mandados de prisão
Entre os investigados, estão o presidente licenciado do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, e os diretores Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços e Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro. Os três são alvo de mandados de prisão, expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília. Agentes da PF foram na sede do BRB fazer busca e apreensão.

A operação baseia-se nas delações premiadas de executivos da Odebrecht, do corretor Lúcio Bolonha Funaro e do empresário Ricardo Siqueira Rodrigues.

Em nota, o MPF-DF explicou que a operação, batizada de Circus Maximus, “visa desarticular uma organização criminosa instalada no BRB que, desde 2014, vem praticando, junto com empresários e agentes financeiros autônomos, crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro, gestão temerária, entre outros”.

Destaca, ainda, que foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e telefones celulares em endereços comerciais e residenciais no DF, ES, RJ e SP.

Metrópoles tentou contato com os envolvidos, mas ainda não obteve retorno.

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