Alvo de ameaças, juiz que mandou prender Ribeiro já condenou petista
Renato Borelli, alvo de ataques após a prisão do ex-ministro da Educação, também emitiu decisões contra Bolsonaro e o ex-prefeito Crivella
atualizado
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O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília e responsável pelo mandado de prisão preventiva expedido contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, emitiu decisões contrárias a políticos de diferentes partidos, como o PT, MDB e o Republicanos. Além disso, divulgou determinação em desfavor do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O magistrado tem sofrido críticas de bolsonaristas e centenas de ameaças por “grupos de apoio ao ex-ministro”. Em junho de 2020, auge da pandemia no Brasil, Borelli concedeu uma liminar obrigando Bolsonaro a usar máscaras em locais públicos de Brasília, sob pena de multa diária de R$ 2 mil.
Antes disso, em julho de 2018, o juiz decretou o bloqueio de bens de Crivella, em ação de improbidade administrativa relacionada a um contrato do Ministério da Pesca, quando o ex-prefeito foi ministro.
Outra decisão de Borelli, em 2016, condenou por improbidade administrativa João Paulo Cunha, ex-deputado do PT, e o empresário Marcos Valério, ambos envolvidos no caso do mensalão.
Em 2017, o juíz suspendeu o fornecimento de assistência médica da Câmara dos Deputados ao ex-deputado do MDB Rocha Loures. Na época, o emedebista era assessor especial do então presidente Michel Temer.
O ex-parlamentar também foi obrigado a devolver salários recebidos durante o período em que esteve afastado da cadeira por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, ele foi flagrado recebendo uma mala de dinheiro no escândalo de corrupção envolvendo a JBS.
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