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Alvo da PF, José Serra diz que operação é “espetacularização” e “abusiva”

A Polícia Federal realiza a Operação Paralelo 23, na manhã desta terça-feira, a terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral

atualizado

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1 de 1 JOSE-SERRA - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Suspeito de participação em esquema de caixa dois na campanha ao Senado Federal em 2014, o senador José Serra (PSDB-SP) se disse “surpreendido” pela operação desta terça-feira (21/7). A Polícia Federal (PF) realizou buscas em endereços ligados ao político.

Serra considerou a ação “abusiva”. “Esta manhã, com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa”, informou, em nota.

A PF, em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), realizou a Operação Paralelo 23, a terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral, e cumpriu 4 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão.

José Serra lamentou o que chamou de “espetacularização” do caso.  “[O senador] jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, frisa o texto.

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Senador José Serra
O ex-governador e atual senador José Serra e sua filha, Verônica Allende Serra, são réus por lavagem de dinheiro
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O ex-governador e atual senador José Serra e sua filha, Verônica Allende Serra, são réus por lavagem de dinheiro

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José Serra é acusado de receber R$ 27,8 milhões em propinas da Odebrecht

Jessika Lima/AIG-MRE

Serra disse que “mantém sua confiança no Poder Judiciário e espera que esse caso seja esclarecido da melhor forma possível, para evitar que prosperem acusações falsas que atinjam sua honra”.

Leia nota da defesa do senador na íntegra:

“A defesa do senador José Serra registra sua absoluta estupefação diante da operação deflagrada pela Justiça Eleitoral na manhã de hoje. Nada justifica a realização de buscas e apreensões em endereços já invadidos pela mesma Polícia Federal há poucos dias e em clara violação à separação dos poderes. É ilegal, abusiva e acintosa a atuação dos órgãos de investigação no presente caso, ao tratar de fatos antigos, prescritos, para gerar investigações sigilosas e desconhecidas do Senador e de sua Defesa e nas quais ele nunca teve a oportunidade de ser ouvido.

É lamentável a utilização de medidas midiáticas, em clara indicação do objetivo que as impulsionou, e em evidente violação do Estado de Direito.

Sepúlveda Pertence e Flávia Rahal”.

Entenda o caso

O inquérito policial aponta para um grupo contratado em 2014 com o objetivo de “estruturar e operacionalizar pagamentos de doações eleitorais não contabilizadas”. O dinheiro teria sido pago por uma empresa que comercializa planos de saúde. De acordo com a PF, José Serra teria recebido R$ 5 milhões em doações eleitorais não contabilizadas.

Na primeira fase da operação, em abril deste ano, o MP de São Paulo denunciou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o empresário Marcelo Odebrecht e o publicitário Duda Mendonça pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de caixa dois em montante superior a R$ 5 milhões.

De acordo com o MPSP, o inquérito da PF mostrou que, entre 21 de agosto e 30 de outubro de 2014, houve diversos pagamentos realizados em hotéis de São Paulo a representantes de “Kibe” e “Tabule”, codinomes usados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para identificar Skaf como um dos beneficiários dos financiamentos irregulares de campanha com recursos drenados de diversas obras públicas por meio de esquema de corrupção, entre 2006 e 2015.

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