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Alunos que organizaram trote com creolina pagam fiança e são soltos

O grupo deixou a prisão nessa sexta (1º/4), após cada um pagar fiança de R$ 10 mil. Todos serão monitorados por tornozeleira eletrônica

atualizado

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Correio do Ar
pessoa com a pele queimada coberta com pomada
1 de 1 pessoa com a pele queimada coberta com pomada - Foto: Correio do Ar

Três dos quatro estudantes suspeitos de lesão corporal e constrangimento a calouros durante trote violento na Universidade Federal do Paraná (UFPR) de Palotina, no oeste do estado, deixaram a prisão nessa sexta-feira (1º/4), após cada um pagar fiança de R$ 10 mil. O grupo confessou ter jogado creolina sobre o corpo dos calouros e provocado queimaduras.

Os suspeitos saíram com monitoramento de tornozeleira eletrônica. O trote, segundo a Polícia Civil paranaense, foi organizado por alunos do curso de medicina veterinária, para recepcionar os novos estudantes do curso na quarta-feira (30/3).

A universidade informou que analisa o caso, que pode resultar na expulsão dos alunos. A polícia investiga a participação de mais envolvidos no trote.

A recepção aos calouros ocorreu em um terreno baldio em frente à universidade. Imagens divulgadas mostram como os alunos ficaram.

Veja imagens das vítimas:

6 imagens
Uma das vítimas queimou o pescoço
Caso está sendo investigado pela Polícia Civil
Alunos eram recém-chegados ao curso de medicina veterinária
Queimaduras no braço de uma das 21 vítimas
Trote trouxe graves consequências aos estudantes
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Queimaduras foram de 1º e 2º graus

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Uma das vítimas queimou o pescoço

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Caso está sendo investigado pela Polícia Civil

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Alunos eram recém-chegados ao curso de medicina veterinária

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Queimaduras no braço de uma das 21 vítimas

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Trote trouxe graves consequências aos estudantes

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O caso

Em entrevista ao UOL, a diretora do Campus da UFPR em Palotina, Yara Moretto, disse que a previsão inicial da investigação é de dois meses, mas torce para que o resultado oficial saia o mais rapidamente possível.

“Já abrimos um processo administrativo interno. Vamos averiguar a conduta desses acadêmicos, e o que levou a praticar esse ato tão indignante”, disse Moretto.

“A expulsão não está descartada, e essa é a punição mais severa da federal. Eles serão julgados, com direito à ampla defesa, e a penalidade será aplicada. Em outra frente, estamos acolhendo as vítimas e prestando apoio neste momento difícil”, concluiu.

Nessa sexta-feira, as vítimas passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Palotina.

Os quatro estudantes presos são duas meninas e dois rapazes com idades entre 21 e 23 anos. Todos foram indiciados por lesão corporal grave — pois uma das vítimas desmaiou e ficou internada por um dia — e também por constrangimento ilegal, sem direito a fiança.

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