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Alunos e pesquisadores de intercâmbio do Brasil são barrados na França

Grupo de 350 pessoas, entre as quais estão bolsistas, lançaram campanha para que intercâmbios sejam considerados “motivo imperioso”

atualizado

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Rio de Janeiro – Pelo menos 350 estudantes e pesquisadores que passaram em exames e processos seletivos para intercâmbios na França estão impedidos de viajar por causa de um bloqueio do país europeu, impedindo a entrada de brasileiros pela da situação da Covid-19 no país. O grupo mandou uma carta ao governo francês pedindo a liberação.

Os estudantes, entre os quais estão bolsistas, lançaram uma campanha internacional solicitando que intercâmbios sejam considerados “motivo imperioso”.  Assim, surgiram perfis em redes sociais como o Twitter e o Instagram e a hashtag #etudierestimpérieux (“estudar é imperioso”).

A França chegou a flexibilizar, desde o dia 9, a entrada de pessoas de alguns países, mas o Brasil segue restrito por fazer parte doas nações consideradas em zona vermelha, a mais perigosa em relação ao coronavírus.

A emissão de vistos para estudantes e pesquisadores brasileiros está suspensa desde 23 de abril quando motivo deixou de ser imperioso na classificação francesa.

Na mesma condição epidemiológica do Brasil, a Índia, país que também tem a categoria vermelha, está mais bem cotada nas avaliações francesas, como informou o embaixador da França na Índia, indicando que os estudantes do país teriam a chance de receber vistos de entrada.

Aulas marcadas

Uma das barradas na França é a advogada Flávia Barros Ornellas, de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), ela foi aprovada para um mestrado com bolsa integral e de assistência pra Université Catholique de Lyon em Direito Internacional e Europeu. Flávia precisa estar lá antes do início das aulas, marcado para 20 de setembro.

Ao G1, ela lembra do empenho e dedicação para o processo de conquista da vaga.

“Avaliaram meu currículo, pesquisas e notas na faculdade. Eu me dediquei por bastante tempo, tanto pelo estudo do francês, que no mestrado requer um nível avançado, quanto pra manter um bom currículo na faculdade, notas boas, pesquisas relevantes”, contou a advogada.

“Não há razão para impedir que os alunos continuem sua carreira universitária, especialmente se eles forem vacinados e fizerem exames”, afirmou a senadora francesa Joëlle Garriaud-Maylam, do Partido Republicano, pelo Twitter.

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