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Aluno de medicina que comparou gays a pedófilos é indiciado por homofobia

Publicações foram feitas pelas redes sociais. Estudante da UFG chama militância de movimento gayzista e compara homossexuais a pedófilos

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1 de 1 imagem colorida de publicação no Instagram com bandeira do movimento gay - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

Goiânia – O estudante da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, João Lucas Xavier Garcia foi indiciado por racismo social, na modalidade homofobia, praticado por meio de publicação em redes sociais, após comparar gays a pedófilos.

As postagens foram feitas no Instagram, mas ganharam grande repercussão após a exposição do caso no Twitter. O rapaz, que se refere ao Movimento LGBTQIAP+ como “gayzista”, fez críticas às pessoas homossexuais.

A informação é do portal G1. De acordo com a delegada Carolina Neves, do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), o inquérito policial foi enviado para análise do Ministério Público de Goiás (MPGO) e do Poder Judiciário.

Ainda de acordo com a investigadora, caso condenado, o estudante pode pegar de 2 a 5 anos de prisão.

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O estudante faz comparações entre o movimento LGBTQIAP+ e pedofilia
O jovem chama o movimento de "gayzista"
As publicações foram feitas pelas redes sociais e receberam críticas
O jovem é estudante de medicina da UFG
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O aluno reclama que o Instagram apagou as publicações

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O estudante faz comparações entre o movimento LGBTQIAP+ e pedofilia

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O jovem chama o movimento de "gayzista"

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As publicações foram feitas pelas redes sociais e receberam críticas

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O jovem é estudante de medicina da UFG

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“Movimento gayzista”

O caso, revelado pelo Metrópoles, ocorreu em março deste ano. “A partir do movimento gayzista e sua defesa pela liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um p3dofil0 de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada? (sic)”, questionou o estudante.

Na sequência de publicações, João diz que o movimento LGBTQIAP+ valida todas as formas de sexualidade e, a partir disso, faz a comparação.

“Afinal, já que tudo pode ser aceito, e todos têm que respeitar a sua forma de viver escolhida, por qual motivo o movimento LGBTQIA+ seria contra a pedofilia? O problema aqui não é ser boiola, como já falamos no início, mas as graves consequências de defender os princípios desse movimento, que podem causar um grande mal”, escreveu o estudante.

Também por meio das redes, o estudante informou que as publicações foram excluídas pela própria plataforma do Instagram. “Tomei uma ré do Instagram. Derrubaram a sequência, fica para outro momento e ambiente”, disse.

Os perfis do estudante nas redes sociais não estão mais disponíveis.

Repúdio

À época, por meio de nota, a UFG informou que recebeu denúncias sobre o caso, e a equipe da Ouvidoria da UFG trabalhava para os devidos encaminhamentos e providências. Além disso, a universidade declarou que repudia toda forma de mensagens e ações de teor homofóbico, transfóbico, racista, misógino, de assédio moral, sexual ou quaisquer outros constrangimentos à dignidade humana.

A Faculdade de Medicina da UFG também publicou uma nota de repúdio sobre as publicações de cunho homofóbicas emitidas por um aluno. A instituição reforçou que não compactua com tais discursos e posições.

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas de Goiânia (SMDHPA) denunciou o caso à Polícia Civil. Em nota, a titular da pasta, Cida Garcêz, avaliou que as declarações de querer associar crimes como de pedofilia a homossexuais é de uma “perversidade advinda de quem tem acesso ao conhecimento”.

“Não estamos falando aqui de tolher a liberdade de expressão do cidadão e, sim, de combate a preconceitos por meio de famigeradas fake news, como a criada pelo estudante”, escreveu a secretária.

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