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Aluno de medicina que comparou homossexuais a pedófilos é investigado

De acordo com a PCGO, caso condenado, aluno de medicina pode pegar até 5 anos de prisão. Ele fez postagens de cunho homofóbico na web

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1 de 1 imagem colorida de publicação no Instagram com bandeira do movimento gay - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

Goiânia – O aluno do quarto ano de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), que causou polêmica ao fazer publicações de cunho homofóbico nas redes sociais, passou a ser investigado pela Polícia Civil por racismo social, na modalidade de homofobia. Nas publicações que fez, o rapaz comparou homossexuais a pedófilos.

O caso, revelado pelo Metrópoles, é investigado pela delegada Carolina Neves, do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri). De acordo com ela, o suspeito deve ser intimada para prestar depoimento em breve. O caso foi registrado na polícia na última quarta-feira (22/3).

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O estudante faz comparações entre o movimento LGBTQIAP+ e pedofilia
O jovem chama o movimento de "gayzista"
As publicações foram feitas pelas redes sociais e receberam críticas
O jovem é estudante de medicina da UFG
Segundo a Atlética, serão tomadas as medidas cabíveis
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O aluno reclama que o Instagram apagou as publicações

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O estudante faz comparações entre o movimento LGBTQIAP+ e pedofilia

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O jovem chama o movimento de "gayzista"

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As publicações foram feitas pelas redes sociais e receberam críticas

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O jovem é estudante de medicina da UFG

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Segundo a Atlética, serão tomadas as medidas cabíveis

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Centro Acadêmico de Medicina se manifestou contra as publicações do aluno

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Ainda de acordo com a investigadora, caso condenado, o estudante pode pegar de 2 a 5 anos de prisão. As postagens foram feitas no Instagram, mas ganharam grande repercussão após a exposição do caso no Twitter. O rapaz, que se refere ao Movimento LGBTQIAP+ como “movimento gayzista”, fez críticas às pessoas homossexuais.

“Desorientação sexual”

“A partir do movimento gayzista e sua defesa pela liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um p3dofil0 de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada?”, disse o estudante.

Na sequência de publicações, João diz que o movimento LGBTQIAP+ valida todas as formas de sexualidade e a partir disso faz a comparação.

“Afinal, já que tudo pode ser aceito, e todos têm que respeitar a sua forma de viver escolhida, por qual motivo o movimento LGBTQIA- seria contra a pedofilia? O problema aqui não é ser boiola, como já falamos no início, mas as graves consequências de defender os princípios desse movimento que podem causa um grande mal”, escreveu o estudante.

Também por meio das redes, o estudante informou que as publicações foram excluídas pela própria plataforma do Instagram. “Tomei uma ré do Instagram. Derrubaram a sequência, fica para outro momento e ambiente”, disse.

Procurado pelo Metrópoles, o estudante disse apenas que não foi procurado por nenhuma entidade, no entanto, não informou que houve denúncia em relação ao conteúdo. O rapaz também excluiu os perfis nas rede sociais.

Repúdio

Por meio de nota, a UFG informa que recebeu denúncias sobre o caso e a equipe da Ouvidoria da UFG está trabalhando para os devidos encaminhamentos e providências. Além disso, a universidade declarou que repudia toda forma de mensagens e ações de teor homofóbico, transfóbico, racista, misógino, de assédio moral, sexual ou quaisquer outros constrangimentos à dignidade humana.

A Faculdade de medicina da UFG também publicou uma nota de repúdio sobre as publicações de cunho homofóbicas emitidas por um aluno. A instituição reforçou que não compactua com tais discursos e posições.

Já a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas de Goiânia (SMDHPA) denunciou o caso à Polícia Civil. Em nota, a titular da pasta Cida Garcêz, disse que as declarações de querer associar crimes como de pedofilia a homossexuais é de uma “perversidade advinda de quem tem acesso ao conhecimento”.

“Não estamos falando aqui de tolher a liberdade de expressão do cidadão e sim, de combate a preconceitos por meio da famigeradas fake news como a criada pelo estudante”, escreveu a secretária.

Ainda de acordo com a SMDHPA, a secretaria vai cobrar dos órgãos correspondentes ações imediatas de apuração e se comprovadas, punição.

Centro acadêmico

Também por meio das redes, o Centro Acadêmico XXI de Abril da Faculdade de Medicina da UFG se manifestou sobre o caso.

“O Movimento LGBTQIAP+ é um movimento antigo que passou por constantes mudanças em sua denominação durante a história para poder incluir melhor as minorias sexuais […]. Contudo existem denominações estigmatizantes cunhadas a esse grupo que ferem e menosprezam a causa e a luta de milhões de pessoas, como é o exemplo do termo ‘gayzista’”. “Queremos informar que o Centro Acadêmico XXI de Abril condena e repudia, de forma veemente, qualquer forma de discriminação ou preconceito por orientação sexual ou qualquer ação que fira a dignidade das pessoas.

A Associação Atlética Acadêmica Joffre Marcondes de Rezende, da qual o estudante faz parte, também se manifestou. “Em razão do compartilhamento de conteúdos de cunho homofóbico por parte de um dos nossos acadêmicos, torna-se necessário reforçar o nosso posicionamento, como uma Atlética plural, que não compactua com tais atos. Fica claro então que as opiniões e visões desse indivíduo NÃO se alinham com as nossas e, portanto, garantimos que tomaremos as devidas medida cabíveis diante de tal ato”.

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