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Alta em casos de dengue tem relação com mudanças climáticas, diz Nísia

Segundo a ministra, o incremento no número de casos de dengue tem, entre outros fatores, relação com a ploriferação do vetor

atualizado

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Julia Prado/MS
Imagem colorida de Ministra da Saúde Nísia Trindade
1 de 1 Imagem colorida de Ministra da Saúde Nísia Trindade - Foto: Julia Prado/MS

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou, nesta terça-feira (27/2), que o aumento no número de casos de dengue no Brasil tem relação com as mudanças climáticas. Segundo ela, essa é uma das razões pelas quais 2024 deve registrar o dobro de casos do ano anterior.

“A questão da mudança climática é um fator importantíssimo na proliferação do aedes aegypti como vetor na transmissão da doença”, afirmou Nísia Trindade.

Ela detalhou que, em 2023, o país apresentou casos de dengue mesmo no inverno, o que tem relação com esse fator. “Em 2024, nós continuamos com o clima muito quente e úmido, o que também favorece a propagação do mosquito”, disse, em coletiva de imprensa nesta terça.

Se somam a esse contexto elementos como a circulação dos quatro sorotipos da dengue e a interiorização da incidência da doença.

O Ministério da Saúde avalia que, neste ano, o Brasil registrará o dobro do número de casos de dengue de 2023. O país contabilizou 973 mil casos prováveis de dengue somente entre janeiro e fevereiro deste ano.

Em 2023, por outro lado, foram 1.658.816 casos somados os 12 meses. A informação consta no Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

“A gente já tem uma avaliação de que é possível que nós venhamos a ter o dobro de casos do ano passado, por esse histórico de já haver um aumento em 2023 e também destes dois fatores: mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo de dengue”, explicou Nísia.

Segundo a ministra, o volume de casos de dengue registrados no início deste ano apresenta um padrão atípico quando comparado à série histórica da proliferação da doença.

O país contabiliza 195 óbitos por dengue e outros 672 ainda em investigação. O painel indica também que o coeficiente de incidência da doença no país é de 479,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.

A unidade da federação com maior taxa de incidência por número de habitantes segue sendo do Distrito Federal, que contabilizou mais de 100 mil casos somente este ano. Na sequência aparece Minas Gerais, com 332 mil casos prováveis.

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