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Alta do PIB se torna ativo de Haddad na negociação do Orçamento

PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, segundo o IBGE, com destaque para área de serviços e a indústria

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro da Economia, Fernando Haddad, é entrevistado no estúdio do Metrópoles -- Metrópoles
1 de 1 Ministro da Economia, Fernando Haddad, é entrevistado no estúdio do Metrópoles -- Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% no segundo trimestre de 2024 (abril, maio e junho), em comparação ao primeiro trimestre deste ano. O índice positivo também teve reflexo no Congresso Nacional, aumentando o poder de negociação do chefe da equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os parlamentares..

O índice divulgado na terça-feira (3/9) reflete, por exemplo, nas negociações a respeito do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, entregue pelo governo ao Congresso Nacional na sexta-feira (30/8).

O Metrópoles conversou com parlamentares que indicaram que a alta do PIB abriria uma “margem de gordura” nas negociações entre Congresso Nacional e o governo Lula. Vale destacar que o ministro da Fazenda tem um bom diálogo nas duas Casas Legislativas, incluindo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que tem é um desafeto pessoal do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

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Fernando Haddad (PT)
Brasília (DF), 29/01/2024

O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha concede entrevista coletiva após reunião com o ministro Haddad no Ministério da Fazenda.
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Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Fernando Haddad (PT)

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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Brasília (DF), 29/01/2024 O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha concede entrevista coletiva após reunião com o ministro Haddad no Ministério da Fazenda.

Breno Esaki/Metrópoles

Principais pontos do Orçamento

A proposta do governo federal entregue ao Congresso Nacional prevê um salário mínimo de R$ 1.509 no próximo ano, uma alta de 6,87% em comparação aos atuais R$ 1.412, além da previsão de crescimento do PIB de 2,64% e de uma taxa de juros média de 9,61% em 2025.

Além disso, há a expectativa de um impacto de R$ 21,7 bilhões para o reajuste dos servidores públicos, incluindo os militares das Forças Armadas.

Para conseguir atingir os percentuais desejados, a equipe econômica de Lula tem trabalhado na revisão de gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o aumento de determinados tributos.

Como, por exemplo, uma alta de um ponto percentual na Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas, e puxar para 20% o Imposto de Renda incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Interlocutores destacaram que apesar da facilidade de negociação no Orçamento, o ministro da Fazenda irá enfrentar dificuldades para conseguir manter a expectativa de alta do CSLL e JCP, visto que há forte resistência dos parlamentares para o aumento de impostos.

Reforma da Renda

O governo Lula comemorou a aprovação da reforma tributária em 2023 e ao longo deste ano trabalha pela anuência da regulamentação da proposta. Apesar disso, as mudanças na área fiscal desejadas pela equipe econômica de Lula não param por aí.

O ministro da Fazenda sinalizou que deverá encaminhar ao Congresso Nacional a reforma tributária sobre a renda, mas somente em 2025. Todavia, a questão esbarra na mesma dificuldade encontrada para manter o aumento dos índices da CSLL e JCP.

Parlamentares acreditam que a reforma é importante, mas precisará de ampla articulação do governo Lula para ser aprovada no Congresso Nacional, visto que há resistência para aumento de impostos.

A reforma prevista pelo Executivo deverá ter mudanças nas faixas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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