Aliados de Bolsonaro postam cenas de apoio popular ao ex-presidente
Bolsonaro é recebido por apoiadores em agendas em cidades do Rio de Janeiro e aliados mostram cenas
atualizado
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Em meio a divulgação dos depoimentos prestados por militares e civis em inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado planejada durante o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), junto a aliados, parlamentares de oposição estão focando em mostrar imagens de atos no Rio de Janeiro com a presença do ex-presidente nesta sexta (15/3).
“Outro evento hoje no Rio de Janeiro. Enquanto se requentam narrativas e tentam implantar a censura nas redes sociais. O que nos move é a defesa da liberdade”, escreveu o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), em uma postagem que mostra Bolsonaro celebrado por aliados.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo de 27 depoimentos prestados após operação da Polícia Federal deflagrada em 8 de fevereiro. A Tempus Veritatis investiga organização criminosa que atuou em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito a fim de obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.
Entre os documentos divulgados está o depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. Ele confirmou à Polícia Federal (PF) ter participado de reuniões no Palácio do Planalto em que foram discutidas minutas de um possível golpe. O general também disse ter alertado o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre as possíveis implicações criminais da trama.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) também compartilhou imagens da passagem de Bolsonaro pelo Rio de Janeiro nesta sexta. “MARICÁ PAROU para receber nosso eterno Presidente Bolsonaro! Sempre junto do povo! Também estaremos nesta sexta-feira em Saquarema, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Búzios”, escreveu.
Outros aliados, porém, preferiram defender o ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Garcia Martins. Ele negou ter saído do Brasil em 30 de dezembro de 2022 — data da viagem do ex-presidente a Miami. Martins acrescentou que não poderia ter saído do Brasil em 30 de dezembro de 2022, uma vez que, no dia seguinte, 31 de dezembro de 2022, fez uma “viagem doméstica” de Brasília a Curitiba.
“Sabemos que não foi a possibilidade de fuga que motivou a sua prisão, mas o fato de ser nome de confiança do presidente Bolsonaro”, escreveu a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). Ela também chamou Martins de “preso político com base em fake news”.
“Primeiro prendem para depois investigar – e ver que estavam errados. E além de tudo, uma desmoralização do destacamento da PF que fica sob comando de Alexandre de Moraes. Incompetência ou má fé? Ou os dois?”, questionou Eduardo Bolsonaro (PL-SP).