metropoles.com

Aliado de ex-chefe da Polícia Civil aconselhou executores de Marielle, diz delação

Próximo do ex-secretário da PC do Rio, o inspetor Vinícius teria ajudado acusados e conheceria o ex-PM Ronnie Lessa desde a infância

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Montagem com fotos coloridas do ex PM Ronnie Lessa e do inspetor Vinicius da Policia Civil do Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Montagem com fotos coloridas do ex PM Ronnie Lessa e do inspetor Vinicius da Policia Civil do Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Reprodução

A delação premiada de um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes joga luz sobre uma possível conivência de integrantes da polícia investigativa do Rio de Janeiro com os suspeitos.

Em sua delação para a Polícia Federal (PF), o ex-PM Élcio Queiroz, que estaria dirigindo o carro de onde foram disparados os tiros na vereadora, revelou que recebeu orientações de um inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ).

Segundo a delação, o inspetor da PC-RJ Vinícius de Lima orientou os depoimentos dos ex-PMs Élcio e Ronnie Lessa, antes de eles serem presos e acusados em 2019. Vinícius já foi considerado número 2 do ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski.

“O Vinícius falou: ‘é bom pelo menos um de vocês lembrar de onde estava (no momento do crime). Se ninguém lembrar, aí fica uma coisa difícil. E vocês não indo com advogado, já fica uma coisa melhor, que vocês não estão devendo nada’. Então a gente ficou mais tranquilo nessa situação”, relatou Élcio para a PF, na delação.

Em um interrogatório por videoconferência em 2019, Lessa “afirmou que conhece desde criança Vinícius, que trabalha com o doutor Allan”.

A relação entre o inspetor Vinícius e o caso Marielle foi revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Metrópoles na parcela do inquérito que se tornou público, após ter o sigilo levantado pela Justiça.

Número 2 da polícia

Vinícius era considerado o número 2 do ex-chefe da Polícia Civil delegado Allan Turnowski, preso em setembro do ano passado por suspeita de envolvimento com os bicheiros Fernando Iggnácio, morto em 2020, e Rogério de Andrade, segundo denúncia do Ministério Público do Rio.

Já em maio do ano passado, o próprio Vinícius foi investigado por envolvimento com bicheiros. Ele foi suspenso da Polícia Civil e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Élcio e Lessa estão presos desde março de 2019, acusados de executar o crime. Eles negavam, mas, neste ano, Élcio fez uma delação premiada e entregou mais informações e suspeitos de envolvimento com os assassinatos.

No dia 24 de julho, a PF cumpriu um mandado de prisão contra o ex-bombeiro Maxsuell Corrêa, suspeito de participar dos assassinatos, e sete mandados de busca e apreensão.

A reportagem tenta contato com os advogados de Vinícius. A defesa do inspetor negou “veementemente” que ele tenha aconselhado Élcio e Lessa.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?