Aliado de Bolsonaro, senador defende GLO contra Witzel e Doria
Por causa das restrições relacionadas ao coronavírus, Arolde Oliveira diz que governadores são inimigos do Brasil e prega uso dos militares
atualizado
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O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) usou o Twitter para defender o emprego das Forças Armadas contra os governadores do Rio de Janeiro, Wilton Witzel (PSC), e de São Paulo (PSDB), João Doria, por causa das restrições determinadas por ambos contra o avanço do coronavírus. Em mensagem postada nesta quinta-feira (26/03), o parlamentar afirmou que os dois chefes de executivos estaduais “se elegeram nas costas (do presidente) Jair Bolsonaro (sem partido) e agora são seus maiores detratores e inimigos do Brasil”.
Por esses motivos, Oliveira propõe o emprego de operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos dois estados. “Querem o caos, mas antes que isso ocorra as Forças Armadas entrarão em cena”, escreveu o senador.
Os governadores do RJ e de SP se elegeram nas costas de @jairbolsonaro e agora são seus maiores detratores e inimigos do Brasil. Querem o caos, mas antes que isso ocorra as FFAA entrarão em cena para Garantia da Lei e da Ordem, segundo a Constituição Federal. Muito triste.
— Arolde de Oliveira (@AroldeOliveira) March 26, 2020
Previstas na Constituição, as GLOs se aplicam a situações em que estejam esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Não se destinam a missões de cunho político.
Com nove mandatos de deputado federal exercidos antes de chegar ao Senado, Oliveira tem o perfil da velha política criticada por Bolsonaro. Típico integrante do baixo clero, elegeu-se em 2018 com o apoio do presidente – ou “nas costas”, para usar a expressão do próprio parlamentar.
Pouco conhecido na política nacional, o congressista fluminense frequentou o noticiário em janeiro deste ano. Na ocasião, a polícia descobriu que um telefone ligado ao assassinato do pastor Anderson do Carmo, sumido desde a época do crime, estava conectado a um chip em nome de Yvelise de Oliveira, mulher do senador. O casal nega qualquer ligação com o homicídio.