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Alfabetismo cresce 6% em 20 anos, mas Brasil tem 11 mi de analfabetos

Ao todo, 151,5 milhões sabem ler e escrever no Brasil, enquanto 11,4 milhões são analfabetos, conforme dados sobre alfabetismo do Censo 2022

atualizado

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Foto colorida mostra uma sala de aula desfocada com uma placa de alfabeto em primeiro plano - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra uma sala de aula desfocada com uma placa de alfabeto em primeiro plano - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

De 2000 a 2022, a taxa de alfabetização cresceu 6,6% no Brasil e, consequentemente, a de analfabetismo caiu 6,6%, de acordo com o Censo Demográfico 2022: Alfabetização, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17/5).

O IBGE analisou uma população de 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais para consolidar a pesquisa do Censo Demográfico 2022 sobre os dados de alfabetização no país.

Ao todo, 151,5 milhões sabem ler e escrever um simples bilhete no Brasil, enquanto 11,4 milhões são analfabetos. Ou seja, sob o recorte desse grupo populacional, a taxa de alfabetização é de 93%, contra taxa de analfabetismo de 7%.

Após mais de 80 anos, o país saiu de um cenário em que menos da metade da população era alfabetizada (44%) para ter 93% de pessoas que sabem ler e escrever – representando aumento de 49 pontos percentuais em relação a 1940, início da série histórica do IBGE.

Alfabetização por idade, cor ou raça e sexo

O percentual de pessoas que não sabem ler e escrever segue diminuindo em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%).

O Censo 2022: Alfabetização destaca que “a elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação”.

Apesar desse contingente entre os mais velhos, o grupo com 65 anos ou mais teve a maior queda na taxa de analfabetismo em três décadas, passando de 38% (2000), para 29,4% (2010) e 20,3% (2022) – totalizando uma redução de 17,7 pontos percentuais.

No recorte de cor ou raça, as taxas de analfabetismo de autodeclarados pretos (10,1%) e de pardos (8,8%) são mais que o dobro da taxa registrada entre brancos (4,3%). Por outro lado, esse contingente é quase quatro vezes maior para indígenas (16,1%). No Brasil, a população amarela que não sabe ler e escrever é de 2,5%.

Conforme o IBGE, mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive nas taxas de alfabetização. Ao todo, 93,5% das mulheres sabiam ler e escrever, contra 92,5% dos homens.

Apenas no grupo etário de 65 anos ou mais essa vantagem não é observada.

A taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais:

– 15 a 19 anos

  • Homem: 98%
  • Mulher: 99%

– 20 a 24 anos

  • Homem: 98%
  • Mulher: 99%

– 25 a 34 anos

  • Homem: 97,4%
  • Mulher: 98,7%

– 35 a 44 anos

  • Homem: 94,8%
  • Mulher: 96,9%

– 45 a 54 anos

  • Homem: 90,8%
  • Mulher: 93,5%

– 55 a 64 anos

  • Homem: 87,5%
  • Mulher: 89,5%

– 65 anos ou mais

  • Homem: 79,9%
  • Mulher: 79,6%

Regiões do Brasil

Entre 2010 e 2022, a taxa de alfabetização cresceu em todas as regiões do Brasil. O Sul lidera o ranking com 96,6% de pessoas que sabem ler e escrever, seguido pelo Sudeste (96,1%), Centro-Oeste (94,9%), Norte (91,8%) e Nordeste (85,8%).

Embora tenha aumentado 4,9% (entre 2010-2022), a taxa de alfabetização no Nordeste permaneceu a mais baixa, com destaque para o índice de analfabetismo (14,2%), que é o dobro da média nacional (7%).

Por Unidade da Federação (UF), as maiores taxas de alfabetização são registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), enquanto as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (82,8%).

Além disso, os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentam a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), o que corresponde a mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500 mil habitantes (3,2%).

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