Alexandre de Moraes manda soltar Mauro Cid
O ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro deve ser solto nesta sexta-feira (3/5)
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu liberdade ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid deve ser solto ainda nesta sexta-feira (3/5). A informação foi confirmada por Igor Gadelha, colunista do Metrópoles.
A decisão do ministro mantém a colaboração premiada. Mauro Cid foi preso em 22 de março durante depoimento à Polícia Federal (PF), após vazamento de áudios em que atacava o STF.
Ele foi ouvido por cerca de 30 minutos pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Cid teria desmaiado depois que foi informado de que seria preso.
No dia da prisão, o STF comunicou que, “após o término da audiência de confirmação dos termos da colaboração premiada, foi cumprido mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes contra Mauro Cid por descumprimento das medidas cautelares e por obstrução à Justiça”.
Os aúdios em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro aparece criticando o ministro Alexandre de Moraes foram divulgados pela revista Veja.
No material, Cid afirma que a PF está com a “narrativa pronta” e que os investigadores “não queriam saber a verdade”. Ele também critica o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que o magistrado já tem “sentença pronta”.
Fraude em cartões de vacina
A Polícia Federal (PF) indiciou uma série de pessoas ligadas à fraude e inserção de dados falsos em cartões de vacinação da Covid-19. Entre elas Bolsonaro (PL); o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid; e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Mauro Cesar Barbosa Cid confirmou à PF que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria ordenado a inclusão de dados da imunização contra a Covid-19 nos cartões de vacina dele e da filha, Laura Firmo Bolsonaro.
Caso das joias sauditas
Mauro Cid também é investigado pela Polícia Federal no caso da venda das joias sauditas. A suspeita é de que os itens foram desviados do patrimônio público brasileiro. As peças foram dadas de presente ao então presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato. Cid levou diversos itens de luxo para os Estados Unidos no fim de dezembro de 2022, quando acompanhou Bolsonaro em viagem ao país.
Em 11 de agosto do ano passado, aliados e auxiliares de Bolsonaro foram alvo de ação da PF no caso das joias. São eles: o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, o ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid, o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef e o segundo-tenente Osmar Crivelatti.