Além do X, Moraes manda bloquear VPNs que poderiam dar acesso à rede
Decisão de Alexandre de Moraes foi publicada nesta sexta-feira (30/8). Alguns usuários do X cogitaram o uso de VPNs para seguir usando o app
atualizado
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Além de suspender o X, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição do uso de VPNs (Virtual Private Network, ou rede privada virtual) no Brasil para acessar a plataforma quando o aplicativo for retirado do ar.
VPNs são aplicativos ou sites usados para maquiar a localização do usuário de internet. Por meio deles, é possível navegar livremente pela rede em locais que bloqueiam páginas, como China e Cuba.
A decisão de Moraes foi publicada nesta sexta-feira (30/8) e visa dificultar o acesso ao X por meios alternativos após a suspensão da plataforma.
De acordo com a decisão, Moraes deu um prazo de cinco dias para que as empresas Apple e Google implementem “obstáculos tecnológicos capazes de inviabilizar a utilização do aplicativo ‘X’ pelos usuários do sistema iOS (Apple) e Android (Google)”.
Além disso, ele ordenou a remoção do X das lojas Apple Store e Google Play Store e determinou que os aplicativos que possibilitam o uso de VPN, como Proton VPN, Express VPN, NordVPN, Surfshark, TOTALVPN, Atlas VPN e Bitdefender VPN, também sejam retirados das plataformas.
Alguns usuários do X cogitaram o uso de VPN para seguir acessando a rede após a suspensão dela no Brasil.
Suspensão do X
O prazo para que Elon Musk, dono do X, respondesse às exigências feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), terminou às 20h07 desta quinta-feira (29/8). Como a plataforma não indicou um representante legal no Brasil nem atendeu à demanda judicial, Moraes decidiu pela suspensão do X no país.
Antes de emitir a decisão, Moraes foi informado por sua equipe técnica de que não houve nenhuma manifestação por parte do X. Com isso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá ser notificada para repassar às operadoras a ordem de bloqueio do site.
Na noite de quarta-feira (28/8), Moraes emitiu uma intimação digital para Elon Musk, exigindo que a empresa identificasse um representante legal no Brasil em até 24 horas, sob pena de retirada do aplicativo do ar caso a ordem não fosse cumprida.
O documento alertava que a plataforma poderia ser suspensa por tempo indeterminado até que as ordens judiciais fossem cumpridas e as multas diárias pagas.
A decisão foi divulgada pelo STF em um post na própria rede social comandada por Musk, em resposta a uma publicação da Conta Global Government Affairs, que havia anunciado o encerramento das operações do X no Brasil.