Além de Sérgio Reis, PF investiga Eduardo Araújo, Zé Trovão e ruralista
Cantor participou da organização de ato antidemocrático para pedir golpe militar em 7 de setembro
atualizado
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Entre os 13 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (20/8), estão os endereços do cantor Eduardo Araújo, do caminhoneiro Zé Trovão e de Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). A Polícia Federal (PF) também tem como alvo o cantor Sérgio Reis e o deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ).
Sérgio Reis é investigado após, no último sábado (14/8), anunciar pelas redes sociais que organiza uma manifestação, com o movimento dos caminhoneiros e agricultores, em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Antonio Galvan foi o anfitrião de uma reunião com Sérgio Reis para organizar o ato. “Vou dizer ao presidente do Senado que eles têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os ministros do STF. Isso não é um pedido, é uma ordem”, disse o artista, na ocasião, em áudio a um amigo após o encontro. Ruralistas chegaram a criticar duramente o presidente da Aprosoja pela sua participação na reunião.
Eduardo Araújo se reuniu com Sérgio Reis, na semana passada, no Palácio do Planalto com Jair Bolsonaro.
Outro alvo da operação, o caminhoneiro Zé Trovão publicou vídeos nas redes sociais em que pedia a intervenção militar e anunciava as manifestações antidemocráticas em 7 de setembro. Ele também convocou um acampamento em frente às sede das Forças Armadas para pressionar a classe a aplicar um golpe no governo.
Segundo a PF, o objetivo das buscas é “apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.